domingo, 26 de outubro de 2014

FILMES 216 a 225.

216) Desta vez vou fugir do Guia de DVD e ordem alfabética para falar de um filme que acabei de assistir (junho de 2014) chamado Now You See Me (Agora Você me Vê). É um filme de mágicos bem no estilo de O Grande Truque, O Ilusionista e a Trilogia de Onze Homens e Um Segredo. Quem assiste a muito filme, especialmente desse gênero, acaba se tornando uma dedução previsível, aliás, como se trata de mágica, o título tem TUDO A VER com a trama. E tem mais, o próprio título dá uma dica para o mistério do filme, e mesmo assim você “não vê” a dica. Durante o desenrolar da trama, especialmente no começo, há muita dica com as palavras que praticamente são as mesmas do título, e ainda assim, se o telespectador não prestar atenção, “nada verá” como dica. Será “enganado”, como pregava bastante o filme. Observem o subtítulo do filme, apesar de não fazer parte realmente do título, mas que está presente no DVD: “Quanto mais perto você olhar, menos você vai ver”. Resumindo, é um título perfeito e “completotalmente” a ver com o filme. Assim que o título original apareceu, eu achei perfeito. Mas estamos falando de Brasil… de tradutores brasileiros. Para falar a verdade, até que a adaptação que eles fizeram não ficou ruim: Truque de Mestre, pois tem tudo a ver com mágica, entretanto… acabamos de chegar naquele caso dos filmes em que eles põem palavras óbvias para dizer… O ÓBVIO. Filmes de Terror sempre terão palavras como “Macabro”, “Sinistro”, “Medo”, e até mesmo a própria palavra “Terror”. Filmes de Comédia têm “Louco”, “Maluco”, “Barulho” e até a própria “Comédia” e por aí vai. Pois é, em filmes de mágicos eles adaptam para algo que indique que é de mágico. E desde quando “Agora Você me Vê” não fica subentendido que é de mágico, se os mágicos trabalham exatamente com a visão: “agora você vê; agora você não vê”? O título original é perfeito, pena que os tradutores acham que a população é burra o suficiente para não o compreender. Preferem pensar com preguiça (em outras palavras, nem pensar) e nos tratar como pessoas tapadas que não pensam. Além de este filme tratar no título com a Visão, eles trabalham inclusive com o símbolo da mágica: o olho. Por esses motivos que detesto esses tradutores. Filmes com mágicos é preciso dizer no título que é de mágico, da mesma forma como citei os exemplos do Terror e da comédia. E vocês acham que um dos filmes que exemplifiquei aqui, O Grande Truque é o título original? Vamos ver…

217) The Prestige (O Prestígio). A paixão de dois homens pela mágica atrapalha a amizade de infância, transformando em enorme rivalidade. Devo confessar que pelo menos nesse o título soaria estranho, mas é só adaptar (segundo o título claro, não a história (e que de certa forma o título original já é baseado na história)), pois, o termo “O Prestígio” já demonstra uma rivalidade de quem é o melhor. Segundo o dicionário, Prestígio significa ilusão dos sentidos produzida por artifícios ou pretensas artes mágicas. Sendo assim, tenho uma sugestão perfeita: O Ilusionista. O problema é que já existia um filme com esse mesmo título e ambos foram feitos no mesmo ano, por incrível que pareça: 2006. Em Inglês era exatamente The Illusionist. Outra sugestão? Em The Prestige não se trata da disputa de dois ex-amigos para ver quem é melhor? Sendo assim, daria certo O Melhor Ilusionista; ou Os Ilusionistas (bem melhor); ou Duelo de Ilusionistas etc. Chego a pensar em outro caso: será que eles não pensaram em O Ilusionista, mas já tinham batizado o anterior? Aliás, se é mesmo que eles tomaram conhecimento do outro filme. Desses tradutores não duvido de mais nada. Falta só revelar a escolha brasileira: O Grande Truque. Leram o que digitei logo acima? Truque de Mestre e agora O Grande Truque. Será que em todos os filmes de mágico vão pôr a palavra “truque”? Ô povo sem criatividade, viu!

218) The Rage (A Raiva) – 1996. BRASIL: Caçador Implacável.

219) Gold Diggers – The Secreto of Bear Mountain (Garimpeiros – O segredo da Montanha do Urso) – 1995. Sinopse: garota nova na cidade fica amiga de jovem considerada marginal, e as duas partem em busca do lendário ouro da Montanha do Urso, perto dali. BRASIL: Caçadoras de Aventuras. É aquela velha história… pôr a palavra “aventura” para que os telespectadores, “que não sabem pensar”, saibam que tudo o que as jovens irão passar no meio das matas e cachoeiras se trata de Aventura. Já o título original foca exatamente o mistério do filme que é o segredo da Montanha do Urso. Só o fato de ter no título “o segredo da montanha do urso” já seria suficiente para chamar a atenção por demais da conta, mas os tradutores preferiram dizer que o filme que tem Aventura no nome é de… Aventura. Que bom! Se não me avisam eu ia jurar que era um Romance ou um Musical. A escolha brasileira é boa, mas ainda assim me incomoda pelo fato de apontar o gênero, e porque mesmo você vendo o filme não as vê tão assim como caçadoras de aventuras. Quando assisti este filme, e olha que tinha recém saído da adolescência, eu já não entendia tão assim como diz. Caçadoras de aventuras para mim são pessoas que procuram se aventurar por esporte ou profissão. No caso destas duas não, elas foram em busca de aventura sim, mas somente porque se reuniram para investigar uma caverna. Só isso. Elas não são exatamente caçadoras de aventuras nem se programaram para tal, simplesmente só decidiram, por curiosidade, explorar uma caverna. E temos a identificação do lugar, o nome da montanha, portanto, é fuga. 42ª Fuga.

220) Crime Zone (Zona Crime) – 1988. BRASIL: O Caçador do Futuro. O que deu nesses tradutores??? Só porque o filme é Ficção Científica e se passa no futuro quer dizer que deve pôr a palavra futuro? Aliás, 4 anos atrás houve O Exterminador do Futuro. Era pra tapear os telespectadores e pensar que o filme era no estilo do de Schwarzenegger? Na verdade, o filme está mais para Runner e Mad Max do que o outro Do Futuro. Os EUA deveriam ter processado os tradutores brasileiros. E tem outro detalhe a se destacar: isso é erro, pois se o filme se passa no futuro é sem sentido dizer que o caçador é do futuro. Isso é erro! Se o filme é do futuro, então a trama na verdade se passa no presente. Futuro é pra nós, mas a trama é do presente deles. Aí você diria que isso é irrelevante. Não mesmo! Título assim também nos induz a erro e vira propaganda enganosa, pois ficamos pensando que um caçado vai ao futuro ou veio do futuro, quando é mentira! Repito, se TODO o filme é no futuro, logo0, ele não é futuro, é presente. Vejam que o título real foi perfeito em não informar nada de tempo. E aguardem. Está só começando. Preparem-se para uma enxurrada de filmes futurísticos com títulos com a palavra. Detesto essas propagandas enganosas copiando títulos de sucesso.

221) Point Break (Ponto de Ruptura). BRASIL: Caçadores de Emoção – Além do Limite. Título brasileiro bom… subtítulo brasileiro bom… e LISTA DE PIORES! Por que, se eu elogiei? Vão entender. 3 Motivos: 1) o título original é perfeito! Por que mudar??? Se a palavra “ruptura” ficaria estranho, mudasse para outro que não perdesse o sentido. 2) Título brasileiro perfeito, mas como eu disse, não precisava mudar um título que já é bom. O problema piorou quando fizeram um subtítulo que também é muito bom. O título brasileiro sobreviveria sozinho. Para que explica mais ainda? Se são caçadores de emoção, fica óbvio que viverão além do limite. Considero isso até Pleonasmo. 3) O mesmo motivo do 2… se vivem além do limite, implica dizer que procuram emoção. Dois títulos bons gastos desnecessariamente em um título original que já era bom! Esses tradutores são fora de série (ou sério), pois só fazem títulos ruins, quando fazem bons, gastam tudo de uma vez sem necessidade. Além de os dois títulos (original e brasileiro, mais o sub) poderem surgir nos EUA exatamente igual ao que ficou no Brasil neste 221. O título brasileiro e o sub sobreviveriam muito bem isolados. Ficou redundante. Só mais uma dúvida: em 2021 comecei a atualizar e corrigir este Blog. Utilizando a ferramenta do Control L descubro que já tinha colocado este filme lá na frente, no 3181 e muito mais além ainda, no 11781. O problema é que esse subtítulo brasileiro, o Além do Limite, não estava no 221, mas sim no 3181. Afinal, é o mesmo filme ou outro? Por que em um há sub e no outro não? Suponho ser o mesmo filme. Vou deixar como sendo.

222) Five Easy Pieces (Cinco Peças Fáceis) – 1970. BRASIL: Cada um Vive como Quer. No original, o título tem a ver com o personagem que é tocador de piano “prodígio que questiona sua vida cheia de tradições familiares e tenta apagar seu passado, mas é obrigado a enfrentá-lo novamente ao visitar o pai enfermo”. Devo confessar que é deveras estranho para um título de filme. Nada chamativo. Todavia, nossa mudança brasileira... que estranho! Tão pensando que é a casa da mãe Joana, que pode dar o título que quer? Não gostei dessa rebeldia. Até que parece bom, mas vejam bem, o protagonista vai ter de se virar com seus problemas familiares mesmo que quisesse fugir. A forma como ficou em nosso país dá a entender que ele vai mandar tudo paras as cucuias e viver do jeito que ele quer. Ficou um pouco contraditório. Poderiam ter adaptado um pouco melhor.

223) Common Threads: Stories from the Quilt (Pontos em Comum: Histórias da Colcha) – 1988. BRASIL: Caminhos Cruzados.

224) Up, Down and Sideways (Para cima, Para Baixo e Lateralmente) – 1992. BRASIL: Caminhos Cruzados. O título até que foi bem adaptado e é até melhor. Por que o coloquei aqui? Veja o próximo filme...

225) Somebody is Waiting (Alguém Está Esperando) – 1996. BRASIL: Caminhos Cruzados. Bom, este filme responde o de cima e o anterior a ele. Três filmes com o mesmo título? Esses tradutores não pensam não??? E desses três títulos, só o 224 se salva devido o encaixe ao original. Está achando pouco? Pois lá na frente, no 2923 esta escolha brasileira se repetirá.

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