segunda-feira, 25 de agosto de 2014

FILMES 51 a 60.

51) State and Mind – Desta vez vou dar um control C e V no comentário a seguir e que vi no site: ("State and Main" são duas ruas desse filme, Main pra quem não sabe é a rua principal de qualquer cidade americana (eles dizem Main street) e a tal State faz cruzamento com a Main do filme. Quem ASSISTE (mesmo em Português) ao filme percebe rapidamente o porquê do título original, mas não, os tradutores tinham que fazer uso de sua criatividade, e o filme virou "Deu a Louca Nos Astros" - título que consegue estragar a vontade de alugar o filme - mas não se deixem afetar por isso e assistam "State and Main" que é bem bacana, menos o nome).

Agora vem a minha vez. Depois de três filmes com duplas de dançarinos ou cantores no filme (página) anterior, vemos aqui uma dupla diferente. State and Main seria algo do tipo "Debi e Loide" sem necessidade de trocadilhos (lembrando que já tivemos um estranho Mong e Loide nada a ver no item 15). E se no próprio filme o telespectador percebe logo de que se trata o título, para que esse estrago no título brasileiro? Eu já sei o que alguns vão dizer: "É comédia! Assim atrai o comprador de DVD e telespectador". Vão me desculpar, mas todo filme de comédia é preciso ter esse tipo de título (deu a louca) ou algo parecido para dizer que é de comédia? Como se eu não fosse ler a sinopse, perguntar ao locador ou ver a propaganda na TV? Vão me desculpar de novo, mas não sou "Debi e Mentali", desculpem-me o trocadilho.

52) Epic Movie (Filme épico) – No Brasil intitularam “Deu a Louca em Hollywood”. O mesmo site que criticou Pequenos Grandes Astros também fez a mesma crítica a este, mas o crítico não entendeu o que o tradutor quis dizer. Realmente fica estranho para nós “Filme Épico”, pois no Brasil, “épico” tem sentido bíblico ou medieval. Quando se assiste ao filme, se percebe que há uma sopa de paródias a outros filmes, aí, neste caso, o ‘épico’ soa bem porque também tem sentido de várias histórias em uma espécie de ‘coleção em um’. Ainda assim, não sou obrigado a concordar com os mesmos críticos das traduções. Na verdade, a loucura está na mistura dos filmes e por se tratar de filmes de Hollywood. Mas… RELEMBRANDO o que prego neste Blog, O QUE IMPORTA AQUI É A TRADUÇÃO, E NESSE SENTIDO, o título realmente está “completotalmente” diferente. Podiam pelo menos ter se aproximado do original e pensei até em uma sugestão com a junção dos dois títulos: Épicas Loucuras de Hollywood. Mas também não vou ser tão crítico, já que em todos os filmes eu falo das burrices, mas esse até que me agradou, independente da diferença na tradução.

53) Hoodwinked (Enganada) – Daí você pensa: "Com certeza é um filme policial, ou de justiça, ou até mesmo de suspense, drama ou ação". De todas essas opções a aproximação para todas é NADA A VER! E se eu dissesse que se trata de um desenho em longa-metragem? Pois é! Esse é o famoso filme Deu a Louca na Chapeuzinho. Eu poderia dizer que o que ficou no Brasil não tem nada a ver com o original, que é o que importa aqui, mas tem a ver com a história. Sinceramente? Realmente nada a ver, mas eu gostei do título. O site em que peguei isso criticava pelo fato que todos eram loucos, menos exatamente a Chapeuzinho Vermelho. Mas dessa vez discordo do site. Já ouviram falar de uma figura de linguagem chamada Metonímia, substituição de um termo por outro? "Chapeuzinho" não tem a ver com a personagem, mas com A HISTÓRIA da Chapeuzinho Vermelho. O título caiu bem e pegou melhor do que “Enganado”, que não daria pra imaginar que se trata de um desenho em longa-metragem, especialmente de um personagem famoso dos livros.

54) Soul Surfer (Alma de Surfista) – Este filme não está nos Blogs dos outros críticos. Vocês sabem que costumo criticar muito tais traduções de títulos de filmes e raramente elogio algum. Uma das estratégias que muitos tradutores fazem e que pelo menos até chego a aceitar é manter o título em inglês e criar um subtítulo. Até que fica legal, pelo menos não assassinaram o título original e torna, devo confessar, mais chamativo. Entretanto, já comentei outras vezes que esses mesmos subtítulos às vezes acabam entregando o mistério de alguns filmes que só seria revelado no fim, sendo assim, acabam estragando o que deveria ficar belo pelo chamativo do título. Foi o que quase aconteceu com esse filme. Não! Não revela nada para o fim, todavia, quando começou esse filme na TV e ao citar logo de cara que era baseado em fatos reais não pensei duas vezes e resolvi assistir. Imaginei logo que a protagonista iria sofrer um acidente por causa do que ficou no Brasil. Era óbvio, só não era óbvio a peça que o título brasileiro pregou em mim. Eu tinha certeza que ela ia passar todo o filme se adaptando e vencendo as dificuldades da vida… sofrendo muito. TÁ! Alguém vai dizer: “E ela não estava superando as dificuldades?”. Entendam o que eu quis dizer: superar as dificuldades DA VIDA, não das dificuldades em voltar a surfar, porque em todo o filme demonstrou que ela quase não teve problemas com sua nova condição e que era valente, disputando com raça contra os adversários. Nem parecia que tinha limitações (e demonstrou nem ter) disputando de igual para igual com os outros, que também a respeitaram. Ela não sofreu tanto. Se quiserem entender o que estou dizendo, procurem assistir outro filme nesse estilo e baseado em fatos reais: Uma Janela Para o Céu 1 e 2, disponível no You Tube. Não vão se arrepender. Aquilo sim, foi superação e muita. Super drama. Voltando ao filme em questão, ao ver que no Brasil ficou: Soul Surfer – Coragem de Viver, fiquei esperando algo do tipo ‘Uma Janela Para o Céu’ e me decepcionei… não com o filme, que é muito bom, mas com o título. Pensei que fosse mais um filme como ‘Uma Janela’ e que te encheria de lágrimas. Tá! Emociona, mas eu esperava um senhor Drama, que é um dos gêneros que mais gosto em filmes. Agora… uma coisa que não entendo é… se era para pôr um subtítulo, porque não a tradução correta, Alma de Surfista? Além de ser mais chamativo, é um título que tem tudo a ver com a personagem, o filme e a história real. E convenhamos… todo mundo entenderia o impacto do título real e com certeza atrairia os cinéfilos.

55) Taxi Driver (Motorista de Taxi) – Seguindo a ideia do filme acima, esse filme seguiu a minha opinião e fez exatamente isso: pôs o filme em inglês e acrescentou o subtítulo com a tradução CORRETA. Contudo, eu peguei esse filme em um site cujo autor dele comenta sobre a burrice do tradutor, pois a lógica, segundo ele, seria que Taxi Drive – Motorista de Taxi, seria o mesmo que dizer Motorista de Taxi – Motorista de Taxi. Discordo “completotalmente”. Isso é uma forma de introduzir o telespectador à real tradução, além de não cometer o pecado mortal de mexer no título original e desgraçar tudo. Isso sim, é uma aula de inglês. Aí você me vê milagrosamente elogiar uma tradução. Calma! Ainda não acabei. Vamos falar sério, tradutores… será que nenhum brasileiro sabe o que significaria Taxi Driver? Está aí um filme que o título em inglês já seria suficiente, com um subtítulo traduzido desnecessário. Sendo assim, mais uma decepção nos títulos, ou melhor subtítulo… bem desnecessário.

56) Erin Brockovich – Precisa traduzir isso? Mas no Brasil seguiu a ideia que mais prego: acrescentar um subtítulo. Nesse caso as opiniões ficam divididas. Poderia ter deixado somente o título da personagem. Não havia necessidade de intitular no Brasil como: Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento. Mas em minha opinião, deixa o título mais belo, ENTRETANTO, trata-se do nome de uma mulher. Quando cito subtítulos, como nos dois casos acima (54 e 55), refiro-me ao fato de as pessoas não saberem a tradução do título, quando se opta em deixar o original. Sendo assim (mais uma vez), vacilaram.

57) The Tuxedo (O Smoking) – Tem certas "traduções" que é um desafio à lógica e raciocínio. Ninguém imaginaria que esse filme seria O Terno de 2 Bilhões de Dólares. Se tivesse deixado somente "O Terno" até que seria tolerável, ou melhor, seria aceito até bem demais, mas por que esse acréscimo? O site em que peguei isso comentou a mesma coisa que pensei: seria para homenagear O Homem de Seis Milhões de Dólares? Mesmo que fosse não tinha nada a ver. E olha que o site nem comentou algo a mais que percebi… o fato de homenagear uma série que era da década de 60 ou 70. Garanto que a juventude de hoje nem sabe que existiu uma série com título parecido numa década que talvez nem seus pais tenham nascido.

58) O que fazer quando você está com uma galera e no mudar de canais, está passando um filme bem interessante de Suspense e todos ficam interessados no nome, só que durante todo o filme, que já estava pela metade, não mostra o nome? Por um momento tive um “déjà vu” do filme como se estivesse vendo outro que detestei e nem quis mais ver as continuações: Crepúsculo. Dá vontade de vomitar. Ainda assim, esse 58 era bom, mas saber o nome que era bom… nada. A galera viu o filme e não mostrou o nome nem nos créditos, que não teve. Até que certo dia, achei sem querer uma imagem na internet. Sabe aquele momento do “como você achou?”; “Parei de procurar!”? Enfim, foram dias tentando descobrir o filme até descobri-lo acidentalmente. Ainda bem que vi o filme pela segunda metade, pois se tivesse visto o título brasileiro primeiro, eu JAMAIS me interessaria pelo filme. E sabem por quê? Você sinceramente se interessaria em um filme chamado Meu Namorado é um Zumbi? Você pensa logo naquelas Comédias adolescentes bem “idiotinha” (esse diminutivo não existe) de Sessão da Tarde. E sabem qual é o título original? Warm Bodies (Corpos Quentes). Título tudo a ver com o fator ‘zumbi’, que precisa de carne fresca, quente, como também com a história, pois o calor humano atraía os zumbis. E Corpos Quentes pode levar para muitos sentidos, mas nem por isso é ruim. E tem outra! Pelo título você pensa que o cara era namorado da protagonista antes de se tornar zumbi, porém, ela o conheceu quando já era zumbi, logo, BEEEENN!!! ERRO!!! O rapaz já era zumbi e eles NÃO eram namorados. Eu sei, o verbo é presente, mas o que importa é o duplo sentido. E o filme não é tão adolescente assim para ter essa baboseira de “Meu namorado é um zumbi”. Está mais para Drama do que adolescente ou até mesmo Suspense. E como eu disse, ainda bem que vi pela segunda metade do filme, aonde o clima de tensão, suspense e drama melhora. A primeira metade é chatinha. Depois de uma escolha tão horrível, desastrosa e triste de ruim como essa, vou figurar este filme entre meus piores por todos esses motivos e mais um: os títulos-clichês. Quanta falta de criatividade e cópia de outros!

59) Stuart Little (Stuart Little) – Pra variar, temos um filme com o nome do personagem, mas que nossos assustados tradutores têm pavor de algo assim. Resolveram acrescentar algo no título brasileiro: O Pequeno Stuart Little. Na verdade, há um jogo de palavras no título original, pois Little é o sobrenome da família que adota o rato e ao mesmo tempo é uma forma de chamar “pequeno Stuart”, mas aí o título brasileiro acabou caindo numa pegadinha incrível, mas precisamente, os tradutores não tiveram o menor trabalho de sequer tentar desvendar o título… que tão óbvio estava. Apesar de Little poder ser traduzido, não neste caso, por se tratar de um nome próprio. Mas os “super inteligentes” tradutores não perceberam o jogo de palavras e acrescentaram a palavra “pequeno”, que de certa forma não estaria errado o título, mas como há um trocadilho no nome original do filme, eles perderam uma boa chance de ficarem “calados” e acabaram fazendo mais um daqueles Pleonasmos impressionantes e ao mesmo tempo uma redundância vergonhosa, pois Little tem duplo sentido neste caso, logo, temos o filme no Brasil: O Pequeno Stuart Pequeno. Você pode até alegar que eu estaria sendo contraditório ao comentário do título 55, entretanto, lá foi literalmente uma tradução. Aqui não, foi um jogo de palavras que enganou os caras.

60) Quando assisti ao filme Bolt – o Super Cão, veio-me logo a curiosidade de saber se o título original era esse mesmo, pois aquele feeliing que já tenho, aquela anteninha ligada acusando que pode haver algo errado ali estava “apitando”. Pois é! Não me enganei. Eu venho sempre comentando aqui sobre a escolha de se introduzir subtítulos, que até acho interessante, ENTRETANTO, quando acabei de assistir Bolt – O Super Cão, o fim me frustrou. Por quê? Eu achava que ele era realmente um Super Cão e ia provar à gata que fez amizade de que tinha razão. Só vim ver mesmo que ele era um cão comum nos últimos segundos do filme, até porque, estava estudando durante o filme e não prestei bem atenção, portanto, se fora mostrado antes que o cão era normal, eu não tinha prestado atenção. Ou seja, por causa da péssima escolha dos tradutores brasileiros, enganaram os telespectadores. Tá! O próprio personagem estava enganado, mas não precisava transformar os telespectadores no personagem, até porque, o título original do filme é somente Bolt. Aliás, a própria série televisiva pelo qual Bolt participava no roteiro também se chamava somente Bolt. Nem a palavra super havia. Por que eu tive que relatar que estava estudando durante o filme? Para mostrar que, se durante um filme a pessoa não presta muita atenção a ele, caso tenha sido relatado que ele não tinha poderes, então, o título brasileiro pode fazer sim o telespectador de trouxa e se frustrar em saber que Bolt realmente não era nada. Parabéns por fazer telespectadores de idiotas, tradutores!

domingo, 24 de agosto de 2014

FILMES 41 a 50 (1 entre os 7 Piores).

    Durante o Oscar 2014, eu havia colocado alguns filmes vencedores do Oscar. Nesta página dedicarei os títulos estranhos a tais filmes.

    E para quem vai o Oscar de pior dos títulos?

41) The Blind Side (O Lado Cego) – 2009. Não ganhou o Oscar; Sandra Bullock quem ganhou como atriz. Resolvi postar por causa dos títulos. Realmente ficaria estranho o título traduzido, mas como é em sentido figurado, era só encontrar um título aproximado ao do original. O título brasileiro tem tudo a ver com a história: Um Sonho Possível, ao mesmo tempo… nem tanto. Apesar de vermos que o protagonista construiu seu futuro devido a bondade de uma família, ele não tinha sonho nenhum. Ele não esperava se tornar um grande jogador de basquete nem de ir muito além nos estudos. Daí você diz que a escolha no Brasil foi perfeita. Se quiser considerar clichê como ótima escolha, à vontade, mas eu não aguento vários filmes de Drama ter essas palavras-chave como “sonho”; “possível”; e até as duas. É mais por isso que mais me incomoda. Está na hora de usarem criatividade, não cópias. Já que é um filme baseado em fatos reais, por que não usarem o nome do jogador ou algo que se encaixasse melhor à trama. Esse encaixa, eu sei, porém, cópia. E como eu disse, deram um futuro a alguém que não esperava ter, não foi ele quem sonhava com um bom futuro. Não sei mais como explicar isso, só sei que dependendo do caso, sempre serei adepto ao título original, NÃO ME AGRADOU.

42) The Hurt Locker (Mágoa Ressentida) – 2010. Esse até que não seria ruim, ENTRETANTO, além de o título brasileiro que direi logo mais, não ter nada a ver com o original, se observar bem, tal título mostra algo óbvio e trata o telespectador (que nem faz ideia que é tratado assim) de, como diria a palavra inglesa, IDIOT. Só porque o filme é de Guerra precisava pôr no título que é de guerra??? No Brasil, o que era pra ser Mágoa Ressentida ficou: Guerra ao Terror. Na verdade, a história se trata de um esquadrão antibombas, cujo membro do grupo aciona acidentalmente o dispositivo, matando seu colega. O outro que entra no lugar do que morreu o considera irresponsável e a história se fixa nos dois, ou seja, tem TUDO A VER com Mágoa Ressentida… e nada a ver com guerra, quanto mais ainda de terrorismo (no sentido de qualquer tipo de pânico). Poderia pelo menos manter o título original com algo a ver com guerra (o que ainda me deixa com o pé atrás por ter mais cara de Drama do que de Guerra), mas infelizmente os tradutores distanciaram o título que tem tudo a ver com a história, para um título que tem tudo a ver com o gênero: guerra. Na verdade, nem nisso acertaram, pois o gênero do filme é literalmente Drama. Mas ao vermos o que se fala sobre os títulos no Wikipédia se percebe uma justificativa para a escolha do que ficou no Brasil. Observe: “Os títulos do filme no Brasil e em Portugal passaram longe do significado da expressão inglesa hurt locker, que é uma situação ou período de grande sofrimento físico e emocional — locker é um armário com fechadura ou cadeado (um espaço reduzido onde alguém pode ficar preso ou ser trancado), e hurt (como adjetivo) é algo que causa dor ou sofrimento. No entanto, essa expressão não possui tradução para o português, portanto o nome do filme no Brasil e em Portugal teve de ser mudado para algo diferente.”. Em Portugal o título foi ‘Estado de Guerra’. Para mim isso ainda não justificativa. Se não havia tradução para a expressão, que criasse um sinônimo ou que tivessem uma ideia para se aproximar do título, da expressão, não que mudassem o gênero tão drasticamente.

43) No Country For Old Man (Sem País Para os Mais Velhos) – 2008. Em Portugal o título ficou muito próximo do original, quase a mesma coisa (Este País Não é Para Velhos). Mas é claro que estamos falando de Brasil, e nesse quesito… bem… vamos prosseguir. A trama narra a história de “um xerife aposentado que encontra por coincidência uma grande quantidade em dinheiro numa cena de um crime, desencadeando uma perseguição no Oeste do Texas em 1980”, Wikipédia. No Brasil ficou: Onde os Fracos Não Têm Vez. Sério, pensei que era um filme de Faroeste, mas se trata de Drama e Suspense. E o que tem a ver com o filme? Só porque é um xerife aposentado? Só porque é velho quer dizer que é fraco? E se estava se referindo na verdade aos outros serem fracos e o xerife aposentado ser o forte e experiente (e eu seu que esse Fraco na verdade está dizendo Forte, nem por isso salva a escolha brasileira, mesmo que aparente ser um excelente título), quer dizer que só por ser experiente quer dizer que vai sempre vencer? Na boa, nunca vi um título tão preconceituoso. O título seria bom, se fosse Faroeste e a história fosse outra, não de um xerife aposentado.

And the Oscar goes to…

44) Crash (Colisão) – 2006. Filme excelente, mas o título… Bom, prosseguindo. Título melhor que esse não existe, e tradução melhor que essa nem se fala, mas há uma sopa maluca nesse título. Eu sempre comento que se não acham que o título ficaria bom em português, PELO MENOS poderiam manter em inglês com um subtítulo, e de preferência que esse subtítulo seja a tradução. Neste filme fizeram isso, mas não entendo o que passa na mente desses tradutores, pois além de fazer em um momento que não deveria ter feito, fizeram pior: puseram um subtítulo NADA A VER. O filme trata da história de vários personagens (também há Sandra Bullock nesse filme em outra atuação brilhante) que vão se entrelaçando, mostrando que todos nós, mesmos que não tenhamos contato com alguém, podemos interferir na vida de outro ou mesmo colidir com alguém que nunca vimos na vida e que pode mudar algo em nossa vida, ou seja, TUDO A VER COM O TÍTULO: COLISÃO. ENTRETANTO, além de manterem o título original: Crash, que a meu ver poderia ter a tradução: Colisão como subtítulo, puseram algo na distância entre Brasil e Japão, cuja escolha foi: Crash – No limite. O que tem a ver No Limite com Colisão e a história do filme??? Quem não conhece inglês fatalmente irá pensar que a expressão “estar no limite” é uma tradução para “crash”. Eu pensei, e olha que conheço um bocado de inglês e sua gramática.

Há um texto muito interessante sobre a Teoria da Centralidade que você encontra nos Extras do DVDs da 1ª temporada da série Lost. Eu tenho um Blog sobre esta série transpus da narração para a escrita, além de comentar sobre excelente texto: https://curiosidadeslost.blogspot.com/2020/08/teoria-da-centralidade-seis-graus-de.html. Convido para que leiam o brilhante texto que fala sobre essas colisões, esses encontros.

Sem dúvida, o Oscar de pior tradução vai para este filme, mas o pior é que o título original foi mantido, a mancada foi no complemento, portanto, batizo isso como o pior subtítulo do Oscar.

    AND THE OSCAR GOES TO...

    Desta vez resolvi colocar somente filmes vencedores de Oscar. E para quem vai o pior dos títulos?

45) Out of Africa (Fora da África ou Para Fora da África) – 1986. Não conheço o filme e olhei a sinopse. Pelo menos em Portugal se aproximou do título original (quero dizer… quase… teve praticamente sentido contrário: África Minha). Quanto ao Brasil… bem… preferia chamar de ‘Preguiça em Pensar no Título e Descrever a História no Título’, ou seja, no Brasil se chama Entre Dois Amores. Não vou contar a sinopse do filme, pois é longa, mas pelo título já resumiu todo o filme, que belo estrago de deixar o filme no mistério de o que seja a história, ENTRETANTO, a questão é: E aí? Tudo a ver com o título original???

46) Rocky (precisa traduzir?) – 1977. Não houve um grande erro nesse título, só fizeram um acréscimo, um subtítulo, coisa que eu aprovo… mesmo assim… precisava dizer que era Rocky – Um Lutador??? Em Portugal se manteve o título original sem subtítulo. Como se não soubéssemos que o filme narrava a história de um lutador chamado Rocky Balboa. Aquela velha mania do pavor de deixar um título pelo nome do personagem. Nesse os tradutores deixaram o original e ainda assim complementam para mostrar que Rocky é uma pessoa, não um estilo de música. Essa foi boa.

    AND THE OSCAR GOES TO…

    The Godfather: Part II – 1975. Por que não enumerei este filme? Porque este foi o primeiro que eu coloquei neste Blog. Tudo sobre ele está lá no começo. É só ir lá ler.

47) Annie Hall (nome de pessoa, portanto, precisa de tradução?) – 1978. Em Portugal manteve o título original, mas no Brasil… bem… sem dúvida nenhuma o Oscar de pior título… agora PIOR MESMO, vai para esse. Os tradutores brasileiros conseguiram achar não sei de onde a tradução: Noivo Neurótico, Noiva Nervosa. Alguém pode explicar de onde veio essa ideia absurda? Lembro-me até de ter visto crítica sobre esse título dos outros blogueiros, pois na trama do filme, o noivo era de tudo, menos neurótico… e a noiva era de tudo, menos nervosa. Nem vou explicar mais nada, mas alguém discorda de que o Oscar de pior título vai para esse filme??? Ah! E Temos uma Fuga de Nome Próprio, portanto, a 13ª Fuga.

48) Let It Be Me (Que Seja Eu) – Direto ao ponto… o filme é Vem Dançar Comigo. Tentei entender a sinopse, mas fala muito pouco, não sei muito o que comentar, mas se o filme retrata a vida de três casais que tentam se refazer através da dança, fica meio tosco pôr no título que o filme é de dança (dããããã). Não importa a intenção do título relacionado à história, o que importa é ser fiel ou se aproximar ao TÍTULO do filme, não à história (que por sinal, todo título original já tem a ver com a trama, convenhamos). “Que Seja Eu tem a ver? Onde?”. Bom, eles sabem o que fazem, não é? Eu só não gosto de títulos-clichês nem tão pouco dizer o que é. Todo filme de dança precisa dizer na adaptação brasileira que é dança??? Vejam o título seguinte.

49) Duets (Duetos) – Pelo que li na sinopse tem a ver com um concurso de Karaokê. É claro que o título brasileiro passou na distância entre Brasil e China de tão diferente ao original. No Brasil se tornou Vem Cantar Comigo. Deveriam ter posto um título pelo menos com a palavra “dueto”, mas o pior de tudo foi na “originalidade”, na “genialidade”, na “esperteza” desses “super inteligentes” tradutores que… seguiram a moda do Vem Dançar Comigo logo acima. Por que os tradutores acham que não somos inteligentes o suficiente para sabermos que se trata de um concurso de música??? Aliás, Dueto tem tudo a ver com Dança! Quem disse que não? E os tradutores têm essa mania de colocar títulos parecidos com outros filmes. Não tem nada a ver a tradução brasileira do “Vem Cantar Comigo”. Fizeram isso pra nós sabermos que o filme é no estilo de Vem Dançar Comigo. Será que é parecido mesmo? Que mania pobre de colocar títulos parecidos com outros para que saibamos como seja o estilo do enredo. Alguns desavisados de plantão podem até pensar que é sequência do “Vem Dançar Comigo”. Já em se tratando de complemento, eu sempre sou de acordo, menos esse. Motivo? Redundância, E das grossas. O que significa dueto? Um par que dança, toca ou canta. Um convite para dançar? Se é dueto não precisa informar essa coisa óbvia. Dueto… deixa que eu danço só?

50) Step Up (a tradução seria “Incrementar”) – Para um título brasileiro isso soaria bem estranho, portanto, necessitaria de um título melhor, mas sem se distanciar do original. Só que distanciar da forma como fizeram foi o CÚMULO! Se eu coloquei no item anterior sobre “Vem Cantar Comigo” para sabermos que se trata de filme parecido com o “Vem Dançar Comigo”, avalie então essa. No Brasil ninguém jamais imaginaria que o filme seria: “Ela Dança, Eu Danço”. Para mim, isso sim foi o CÚMULO. Na época em que lançaram o filme no Brasil estava nas paradas musicais a música de mais um desses MCs da vida. Um filme de qualidade batizar com título de música brasileira… E PIOR… gênero: FUNK! AAAARRRGHHH!!! O que tem a ver meter cultura brasileira na cultura de um filme originalmente americano? Nunca gosto quando fazem isso: pôr título de música brasileira no filme? DEEM UM TIRO NESSES TRADUTOREEEEEEESSSS!!! CADÊ OS CARAS DO THE WALKING DEAD??? Aí você diria "debochadamente" que o título real seria melhor? Claro que não! Mas o que eles fizeram aqui nada me agradou! 

Segundo minha escala dos piores filmes dentre os que estão neste Blog:

O = Ordem; P = Posição; I = Item.

O

P

ITEM e FILME

MOTIVO

1

47) Annie Hall.

Sem sentido.

2

11) How to Lose Friends & Alienate People; 23) Bring It On. Franquia. (Ver filmes 20, 21 e 22); 27) Wrong Turn 4.

Títulos totalmente confusos por terem continuações ou confusões entre outros originais e traduzidos.

3

9) Revolutionary Road.

Por estragar detalhes do fim.

4

7) The Ugly Duckling and Me!

Desnecessário.

5

30) Like Mike.

Preguiça em pensar; propaganda enganosa.