segunda-feira, 25 de agosto de 2014

FILMES 51 a 60.

51) State and Mind – Desta vez vou dar um control C e V no comentário a seguir e que vi no site: ("State and Main" são duas ruas desse filme, Main pra quem não sabe é a rua principal de qualquer cidade americana (eles dizem Main street) e a tal State faz cruzamento com a Main do filme. Quem ASSISTE (mesmo em Português) ao filme percebe rapidamente o porquê do título original, mas não, os tradutores tinham que fazer uso de sua criatividade, e o filme virou "Deu a Louca Nos Astros" - título que consegue estragar a vontade de alugar o filme - mas não se deixem afetar por isso e assistam "State and Main" que é bem bacana, menos o nome).

Agora vem a minha vez. Depois de três filmes com duplas de dançarinos ou cantores no filme (página) anterior, vemos aqui uma dupla diferente. State and Main seria algo do tipo "Debi e Loide" sem necessidade de trocadilhos (lembrando que já tivemos um estranho Mong e Loide nada a ver no item 15). E se no próprio filme o telespectador percebe logo de que se trata o título, para que esse estrago no título brasileiro? Eu já sei o que alguns vão dizer: "É comédia! Assim atrai o comprador de DVD e telespectador". Vão me desculpar, mas todo filme de comédia é preciso ter esse tipo de título (deu a louca) ou algo parecido para dizer que é de comédia? Como se eu não fosse ler a sinopse, perguntar ao locador ou ver a propaganda na TV? Vão me desculpar de novo, mas não sou "Debi e Mentali", desculpem-me o trocadilho.

52) Epic Movie (Filme épico) – No Brasil intitularam “Deu a Louca em Hollywood”. O mesmo site que criticou Pequenos Grandes Astros também fez a mesma crítica a este, mas o crítico não entendeu o que o tradutor quis dizer. Realmente fica estranho para nós “Filme Épico”, pois no Brasil, “épico” tem sentido bíblico ou medieval. Quando se assiste ao filme, se percebe que há uma sopa de paródias a outros filmes, aí, neste caso, o ‘épico’ soa bem porque também tem sentido de várias histórias em uma espécie de ‘coleção em um’. Ainda assim, não sou obrigado a concordar com os mesmos críticos das traduções. Na verdade, a loucura está na mistura dos filmes e por se tratar de filmes de Hollywood. Mas… RELEMBRANDO o que prego neste Blog, O QUE IMPORTA AQUI É A TRADUÇÃO, E NESSE SENTIDO, o título realmente está “completotalmente” diferente. Podiam pelo menos ter se aproximado do original e pensei até em uma sugestão com a junção dos dois títulos: Épicas Loucuras de Hollywood. Mas também não vou ser tão crítico, já que em todos os filmes eu falo das burrices, mas esse até que me agradou, independente da diferença na tradução.

53) Hoodwinked (Enganada) – Daí você pensa: "Com certeza é um filme policial, ou de justiça, ou até mesmo de suspense, drama ou ação". De todas essas opções a aproximação para todas é NADA A VER! E se eu dissesse que se trata de um desenho em longa-metragem? Pois é! Esse é o famoso filme Deu a Louca na Chapeuzinho. Eu poderia dizer que o que ficou no Brasil não tem nada a ver com o original, que é o que importa aqui, mas tem a ver com a história. Sinceramente? Realmente nada a ver, mas eu gostei do título. O site em que peguei isso criticava pelo fato que todos eram loucos, menos exatamente a Chapeuzinho Vermelho. Mas dessa vez discordo do site. Já ouviram falar de uma figura de linguagem chamada Metonímia, substituição de um termo por outro? "Chapeuzinho" não tem a ver com a personagem, mas com A HISTÓRIA da Chapeuzinho Vermelho. O título caiu bem e pegou melhor do que “Enganado”, que não daria pra imaginar que se trata de um desenho em longa-metragem, especialmente de um personagem famoso dos livros.

54) Soul Surfer (Alma de Surfista) – Este filme não está nos Blogs dos outros críticos. Vocês sabem que costumo criticar muito tais traduções de títulos de filmes e raramente elogio algum. Uma das estratégias que muitos tradutores fazem e que pelo menos até chego a aceitar é manter o título em inglês e criar um subtítulo. Até que fica legal, pelo menos não assassinaram o título original e torna, devo confessar, mais chamativo. Entretanto, já comentei outras vezes que esses mesmos subtítulos às vezes acabam entregando o mistério de alguns filmes que só seria revelado no fim, sendo assim, acabam estragando o que deveria ficar belo pelo chamativo do título. Foi o que quase aconteceu com esse filme. Não! Não revela nada para o fim, todavia, quando começou esse filme na TV e ao citar logo de cara que era baseado em fatos reais não pensei duas vezes e resolvi assistir. Imaginei logo que a protagonista iria sofrer um acidente por causa do que ficou no Brasil. Era óbvio, só não era óbvio a peça que o título brasileiro pregou em mim. Eu tinha certeza que ela ia passar todo o filme se adaptando e vencendo as dificuldades da vida… sofrendo muito. TÁ! Alguém vai dizer: “E ela não estava superando as dificuldades?”. Entendam o que eu quis dizer: superar as dificuldades DA VIDA, não das dificuldades em voltar a surfar, porque em todo o filme demonstrou que ela quase não teve problemas com sua nova condição e que era valente, disputando com raça contra os adversários. Nem parecia que tinha limitações (e demonstrou nem ter) disputando de igual para igual com os outros, que também a respeitaram. Ela não sofreu tanto. Se quiserem entender o que estou dizendo, procurem assistir outro filme nesse estilo e baseado em fatos reais: Uma Janela Para o Céu 1 e 2, disponível no You Tube. Não vão se arrepender. Aquilo sim, foi superação e muita. Super drama. Voltando ao filme em questão, ao ver que no Brasil ficou: Soul Surfer – Coragem de Viver, fiquei esperando algo do tipo ‘Uma Janela Para o Céu’ e me decepcionei… não com o filme, que é muito bom, mas com o título. Pensei que fosse mais um filme como ‘Uma Janela’ e que te encheria de lágrimas. Tá! Emociona, mas eu esperava um senhor Drama, que é um dos gêneros que mais gosto em filmes. Agora… uma coisa que não entendo é… se era para pôr um subtítulo, porque não a tradução correta, Alma de Surfista? Além de ser mais chamativo, é um título que tem tudo a ver com a personagem, o filme e a história real. E convenhamos… todo mundo entenderia o impacto do título real e com certeza atrairia os cinéfilos.

55) Taxi Driver (Motorista de Taxi) – Seguindo a ideia do filme acima, esse filme seguiu a minha opinião e fez exatamente isso: pôs o filme em inglês e acrescentou o subtítulo com a tradução CORRETA. Contudo, eu peguei esse filme em um site cujo autor dele comenta sobre a burrice do tradutor, pois a lógica, segundo ele, seria que Taxi Drive – Motorista de Taxi, seria o mesmo que dizer Motorista de Taxi – Motorista de Taxi. Discordo “completotalmente”. Isso é uma forma de introduzir o telespectador à real tradução, além de não cometer o pecado mortal de mexer no título original e desgraçar tudo. Isso sim, é uma aula de inglês. Aí você me vê milagrosamente elogiar uma tradução. Calma! Ainda não acabei. Vamos falar sério, tradutores… será que nenhum brasileiro sabe o que significaria Taxi Driver? Está aí um filme que o título em inglês já seria suficiente, com um subtítulo traduzido desnecessário. Sendo assim, mais uma decepção nos títulos, ou melhor subtítulo… bem desnecessário.

56) Erin Brockovich – Precisa traduzir isso? Mas no Brasil seguiu a ideia que mais prego: acrescentar um subtítulo. Nesse caso as opiniões ficam divididas. Poderia ter deixado somente o título da personagem. Não havia necessidade de intitular no Brasil como: Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento. Mas em minha opinião, deixa o título mais belo, ENTRETANTO, trata-se do nome de uma mulher. Quando cito subtítulos, como nos dois casos acima (54 e 55), refiro-me ao fato de as pessoas não saberem a tradução do título, quando se opta em deixar o original. Sendo assim (mais uma vez), vacilaram.

57) The Tuxedo (O Smoking) – Tem certas "traduções" que é um desafio à lógica e raciocínio. Ninguém imaginaria que esse filme seria O Terno de 2 Bilhões de Dólares. Se tivesse deixado somente "O Terno" até que seria tolerável, ou melhor, seria aceito até bem demais, mas por que esse acréscimo? O site em que peguei isso comentou a mesma coisa que pensei: seria para homenagear O Homem de Seis Milhões de Dólares? Mesmo que fosse não tinha nada a ver. E olha que o site nem comentou algo a mais que percebi… o fato de homenagear uma série que era da década de 60 ou 70. Garanto que a juventude de hoje nem sabe que existiu uma série com título parecido numa década que talvez nem seus pais tenham nascido.

58) O que fazer quando você está com uma galera e no mudar de canais, está passando um filme bem interessante de Suspense e todos ficam interessados no nome, só que durante todo o filme, que já estava pela metade, não mostra o nome? Por um momento tive um “déjà vu” do filme como se estivesse vendo outro que detestei e nem quis mais ver as continuações: Crepúsculo. Dá vontade de vomitar. Ainda assim, esse 58 era bom, mas saber o nome que era bom… nada. A galera viu o filme e não mostrou o nome nem nos créditos, que não teve. Até que certo dia, achei sem querer uma imagem na internet. Sabe aquele momento do “como você achou?”; “Parei de procurar!”? Enfim, foram dias tentando descobrir o filme até descobri-lo acidentalmente. Ainda bem que vi o filme pela segunda metade, pois se tivesse visto o título brasileiro primeiro, eu JAMAIS me interessaria pelo filme. E sabem por quê? Você sinceramente se interessaria em um filme chamado Meu Namorado é um Zumbi? Você pensa logo naquelas Comédias adolescentes bem “idiotinha” (esse diminutivo não existe) de Sessão da Tarde. E sabem qual é o título original? Warm Bodies (Corpos Quentes). Título tudo a ver com o fator ‘zumbi’, que precisa de carne fresca, quente, como também com a história, pois o calor humano atraía os zumbis. E Corpos Quentes pode levar para muitos sentidos, mas nem por isso é ruim. E tem outra! Pelo título você pensa que o cara era namorado da protagonista antes de se tornar zumbi, porém, ela o conheceu quando já era zumbi, logo, BEEEENN!!! ERRO!!! O rapaz já era zumbi e eles NÃO eram namorados. Eu sei, o verbo é presente, mas o que importa é o duplo sentido. E o filme não é tão adolescente assim para ter essa baboseira de “Meu namorado é um zumbi”. Está mais para Drama do que adolescente ou até mesmo Suspense. E como eu disse, ainda bem que vi pela segunda metade do filme, aonde o clima de tensão, suspense e drama melhora. A primeira metade é chatinha. Depois de uma escolha tão horrível, desastrosa e triste de ruim como essa, vou figurar este filme entre meus piores por todos esses motivos e mais um: os títulos-clichês. Quanta falta de criatividade e cópia de outros!

59) Stuart Little (Stuart Little) – Pra variar, temos um filme com o nome do personagem, mas que nossos assustados tradutores têm pavor de algo assim. Resolveram acrescentar algo no título brasileiro: O Pequeno Stuart Little. Na verdade, há um jogo de palavras no título original, pois Little é o sobrenome da família que adota o rato e ao mesmo tempo é uma forma de chamar “pequeno Stuart”, mas aí o título brasileiro acabou caindo numa pegadinha incrível, mas precisamente, os tradutores não tiveram o menor trabalho de sequer tentar desvendar o título… que tão óbvio estava. Apesar de Little poder ser traduzido, não neste caso, por se tratar de um nome próprio. Mas os “super inteligentes” tradutores não perceberam o jogo de palavras e acrescentaram a palavra “pequeno”, que de certa forma não estaria errado o título, mas como há um trocadilho no nome original do filme, eles perderam uma boa chance de ficarem “calados” e acabaram fazendo mais um daqueles Pleonasmos impressionantes e ao mesmo tempo uma redundância vergonhosa, pois Little tem duplo sentido neste caso, logo, temos o filme no Brasil: O Pequeno Stuart Pequeno. Você pode até alegar que eu estaria sendo contraditório ao comentário do título 55, entretanto, lá foi literalmente uma tradução. Aqui não, foi um jogo de palavras que enganou os caras.

60) Quando assisti ao filme Bolt – o Super Cão, veio-me logo a curiosidade de saber se o título original era esse mesmo, pois aquele feeliing que já tenho, aquela anteninha ligada acusando que pode haver algo errado ali estava “apitando”. Pois é! Não me enganei. Eu venho sempre comentando aqui sobre a escolha de se introduzir subtítulos, que até acho interessante, ENTRETANTO, quando acabei de assistir Bolt – O Super Cão, o fim me frustrou. Por quê? Eu achava que ele era realmente um Super Cão e ia provar à gata que fez amizade de que tinha razão. Só vim ver mesmo que ele era um cão comum nos últimos segundos do filme, até porque, estava estudando durante o filme e não prestei bem atenção, portanto, se fora mostrado antes que o cão era normal, eu não tinha prestado atenção. Ou seja, por causa da péssima escolha dos tradutores brasileiros, enganaram os telespectadores. Tá! O próprio personagem estava enganado, mas não precisava transformar os telespectadores no personagem, até porque, o título original do filme é somente Bolt. Aliás, a própria série televisiva pelo qual Bolt participava no roteiro também se chamava somente Bolt. Nem a palavra super havia. Por que eu tive que relatar que estava estudando durante o filme? Para mostrar que, se durante um filme a pessoa não presta muita atenção a ele, caso tenha sido relatado que ele não tinha poderes, então, o título brasileiro pode fazer sim o telespectador de trouxa e se frustrar em saber que Bolt realmente não era nada. Parabéns por fazer telespectadores de idiotas, tradutores!

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