sábado, 27 de dezembro de 2014

FILMES 466 a 480.

466) Fugindo do Inferno. Inverti a ordem aqui para mostrar o que pensei ao ver tal título: filme de Van Damme. O título brasileiro não teria ficado ruim, se não fosse a diferença entre os títulos e o sentido de filme de Ação que ficou. Sinopse: para fugir de um campo de prisioneiros, soldados aliados planejam e executam meticuloso esquema. Com muita habilidade a fuga é narrada como nos velhos seriados do cinema – O título original é The Great Escape (A Grande fuga) – 1963. TUDO A VER com a trama. Não há título melhor. O título brasileiro também, se não ganhasse um tom tão “vandamesco” ou quem sabe até de Terror.

467) Against the Rock (Contra a Rocha) – 1987. Essa história se passa em 1946 e é baseada em fato real. Na verdade estou muito confuso com este filme, pois o que me levou à confusão foi o título brasileiro: Fugitivos de Alcatraz. Não sei se tem algo a ver com o outro filme de 1979, Escape from Alcatraz, traduzido por Fuga de Alcatraz, ou Alcatraz, Fuga Impossível, cuja história também se baseia em fato real ocorrido em 1962. Por sinal tanto este filme como o anterior, 466, têm enredos parecidos. Tenho quase certeza que não tenha a ver, mas o título brasileiro: Fugitivos de Alcatraz, deixa a entender que é a parte 2 do filme de 79.

468) Fugindo do Terror. O que você pensa ao ver um título assim? Filme de Terror. O gênero que há no Guia de DVD é Romance, que também engana. Mas observe a sinopse: Durante II Guerra Mundial, médico austríaco que se refugiou nos EUA com a filha, encontra trabalho em lugarejo assolado por doenças e varrido por tempestade de areia. A filha apaixona-se pelo líder dos fazendeiros da região, mas vive um impasse quando o ex-namorado, tido como morto, retorna – E aí? Tem a ver com Terror? Só porque ele viveu alguns maus bocados não quer dizer que é terror ou o fim do mundo. Agora veja o título original: Three Faces West (As três Faces do Oeste) – 1940. Se traduzissem ao pé da letra você já imaginaria que o filme seria Faroeste, portanto, o original também enganaria… ENTRETANTO, observe o que diz mais no Guia do DVD: aventura de fronteira com situações típicas de um Faroeste mesclado com propaganda antinazista explícita. A narrativa fala dos refugiados e de suas dificuldades de adaptação na América. O roteiro exalta o dinamismo e a perseverança, além de fazer apologia dos valores americanos – resumindo a coisa, o título original até que combina melhor com a trama, já que demonstra umas pintadas até de Drama, do que o título brasileiro, que está longe de demonstrar que o filme pareça um fim do mundo. Por fim, As Três Faces do Oeste, apesar de não ser Faroeste, de certa forma tem um cenário bem no estilo do gênero, portanto, não ficou ruim não. Ruim são esses tradutores, que deu a entender que o planeta Terra está sendo invadido por alienígenas. Além do mais, porque há guerra no filme, a palavra “terror”, que deixa implícito “terrorismo”, deve aparecer? E ainda assim não combina, pois nem sequer há terroristas no filme. Que lástima.

 469) Allien Fury: Contdown to Invasion (Fúria Alienígena: Contagem Alienígena para a Invasão) – 1999. Eu juro que tento entender esses tradutores, mas quanto mais tento entender, mais confuso fico. BRASIL: Fúria Alienígena. Não há erro na tradução, pelo contrário, está corretíssimo… pelo menos em parte. Se nossos “amados” e “impecáveis” tradutores têm a mania de pôr subtítulos em filmes intitulados pelo nome do personagem ou quando mantêm as palavras em inglês, acrescentando tais subtítulos… por que nesse caso retiraram o sub, se no original ele existe??? Além do mais, se fosse para pôr pela metade, eu preferiria o subtítulo ‘Contagem Alienígena para a Invasão’, muito mais chamativo. Muito mesmo. Mas isso não importa, o que vale aqui é tentar entender os tradutores, pois na hora em que realmente há subtítulo, eles ignoraram? Dá-se para entender menos ainda quando o título completo fica bem melhor. Ah! E convenhamos… a segunda parte NÃO é um subtítulo, que fique bem claro. Só é considerado isso quando há uma meia-risca (segundo os sites, que não achei explicação para casos de títulos, especialmente de filmes, mas pelas explicações dá para supor que o correto seria utilizar travessão, só que eu discordo. Travessão se utiliza para intercalações, principalmente para alternar personagem e autor em livros. Meia-risca seria mais para referências. Bom, como eu disse, foi o que supus. Perguntei a professores de português que também não souberam responder por não existir regras para este caso de títulos. Os mesmos concordaram comigo que combinaria mais o meia-risca. Enfim, o que importa é falar dos títulos). Em se tratando de DOIS PONTOS a frase é uma só, portanto, eles deceparem o título do filme. Bom… sabemos que INTELIGÊNCIA é outra coisa que não é o ponto forte deles, não é mesmo, tão pouco o português, muito menos o inglês.

470) Fúria Assassina. O que lhe vem à mente com um título desses? Filme com Steven Seagal ou algo do gênero, bem típico de filmes de Ação cheio de clichê. Veja a sinopse e tire suas próprias conclusões: gravemente doente, policial relembra o caso de um assassino serial que arruinou sua carreira e sua vida há vários anos, e que permanecia aberto até o presente. O confronto entre o bem e o mal ganha uma roupagem melancólica e depressiva nessa produção canadense que usa uma fotografia em tons escuros para reforçar o caráter opressivo da história narrada, investigando as motivações de um assassino serial de um ponto de vista inusitado – o do próprio matador –, o filme é uma variação curiosa do gênero, com grande (se atenha agora para o gênero que meu Guia de DVD usa – de uma forma bem concentrada) CARGA DRAMÁTICA. E aí??? Precisa dizer mais alguma coisa? Agora vamos ao título original, que tem um tom bem mais figurado e poético e que pelo menos não engana o cinéfilo, pensando ser um filme com “alta carga de Ação”: The Limbic Region (A Região Límbica) – 1996.

471) The Tempest (A Tempestade) – 1998. BRASIL: Fúria da Tempestade. Sinceramente, precisava dizer isso? Considero até um Pleonasmo. A não ser que haja uma tempestade que não levante nem uma pena de galinha sequer.

472) Clash of the Titans (Conflito de Titãs) – 1981. BRASIL: Fúria de Titãs. OK! Não há nada de mais aí. Modificaram o título, mas não perdeu o sentido… entretanto, até na sinopse do meu Guia de DVD já começa falando que há um conflito entre os deuses da mitologia grega. Não é que eles estejam furiosos, mas sim, que há uma “guerra civil”. Nunca assisti a esse filme e se não fosse essa sinopse, eu ia continuar pensado que os “deuses” estavam furiosos com os ser humanos. Nada a ver.

473) The Boy in Blue (O Menino de Azul) – 1986. BRASIL: Fúria de Vencer.

474) The Butcher Boy (O Menino Açougueiro) – 1997. BRASIL: Fúria Inocente. Fúria Inocente? Não sei por que essas duas palavras juntas não me soaram bem. Eu posso entender o interessante contraste que pode encaixar uma figura de linguagem, mas não é isso que está no original. Não sou fã de poetizar as coisas que não estão no original, mesmo quando o original é meio sem graça como esse 474, só que não gosto quando fazem isso por ser diferente. Aliás, nunca gostei de poetização em títulos.

475) Small Faces (Pequenas Faces) – 1995. BRASIL: Fúria nas Ruas. A impressão que me dá é que essa mudança brasileira fica parecendo Mad Max. Mas até que gostei dessa adaptação bem encaixável para a trama.

476) Merry Christmas, Mr. Lawrence (Feliz Natal, Sr. Lawrence) – 1983. BRASIL: Furyo – Em Nome da Honra. Li a sinopse e nada fala que a história é no Natal. Suponho que seja. Devo concordar que o título original não chega nem perto de suspeitarmos que o gênero seja Guerra, diferente do título brasileiro que, para variar, utiliza termos como “honra” para indicar que é de Guerra. Mas acreditem, não estou elogiando a adaptação brasileira. Assim que li a palavra “Furyo”, que não faço a mínima ideia de o porquê de os tradutores escolherem tal palavra, imaginei ser um filme de Ação do tipo: Steven Seagal. Cheguei a pensar também em filme de superação do tipo: militar. Além do mais, de onde veio essa ideia tosca de “Furyo”??? Seria para mostrar que o filme é “furioso”? Trocadilho pobre caso seja isso, não acham? Mas aí temos a mistura de algo furioso (que implica Ação como Um dia de Fúria) com Honra (que implica guerra), portanto… a escolha dos brasileiros foi boa??? Perderam uma excelente chance de se saírem melhor que no título original. Outra “encabulação”, muitos dos títulos originais de Natal os produtores optam em não apontar a festa religiosa, o que acho isso muito bom, mas os tradutores teimam em apontar na adaptação brasileira. Agora que há eles retiram? Alguém entende esses caras? Até meus comentários ficam iguais por culpa deles. Pois é, achavam que uma simples mudança brasileira como essa não tinha o que comentar? Pois mostrei que tinha… e muito. Nada escapa do meu olhar crítico quando provavelmente na visão de vocês não havia nada demais. E para finalizar, as fugas. 80ª Fuga. Inventaram um Furyo que FMI… Faço a Mínima Ideia o que seja. Vou acreditar que seja um nome próprio que fora inventado somente por nossos “amáveis” tradutores, 14ª Fuga Inversa. E se temos inversa, no geral dá 81 agora.

477) F/X (F/X) – 1986. BRASIL: F/X – Assassinato Sem Morte. Sinopse: especialista em efeitos especiais para cinema é contratado pelo governo para simular a morte de um mafioso que vai depor contra seus companheiros; mas algo sai errado e ele se vê perseguido por todos – Bom… poderíamos imaginar que quando se usa efeitos especiais em filme para encenar morte, não há morte de fato, portanto, poderíamos assim considerar que houve um assassinato sem morte e essa escolha brasileira faz sentido… ENTRETANTO, vocês acham isso uma forma inteligente de se falar? Consideram isso um “excelente” trocadilho? Não considero isso nem sequer poético, pois falar em assassinato sem morte não é de uma escolha tão inteligente não, mesmo nas circunstâncias de uma encenação. Falar assassinato e ao mesmo tempo dizer que não houve morte soa um tanto pobre de ideia, de falta de criatividade. E… CONVENHAMOS, para tais tradutores que acham que certos títulos não são vendáveis… vocês acham sinceramente que esse título “Assassinato Sem Morte” vende nas locadoras (considerando o ano, 1986 e década de 90, auge das videolocadoras)? Aí, depois, esses tradutores vêm dar uma de moralistas e entendidos do assunto… de Ph.D. em cultura, marketing e conhecimento humano, dizendo que sabem como escolher certos títulos segundo o “entendimento humano” (até porque, para eles, nós somos burrinhos demais para entender, associar e assimilar o título real ao filme). Você se interessaria em um filme com um título desses? Pelo menos eu não. Se não fosse a sinopse, iria pensar que esse filme fosse do gênero Comédia, daquelas bem sem graça. Mas sabem o que é pior? Para que esse subtítulo??? Em minha opinião, F/X já seria um título interessante. Se fosse para inventar subtítulo, pelo menos que não fosse algo que soasse tão ridículo para um filme do gênero Policial. Não importa se essa escolha seja um trocadilho, algo poético, uma figura de linguagem, o que vale é que para mim, dono do Blog, não me agradou. E pensando bem, torna-se até um spoiler indesejado da trama. Pesquisando pelo filme na internet em 22/03/21, descubro que diferente do Guia de DVD 2001, ao qual não há subtítulo, na internet tem: F/X – Murder by Illusion (Morte por Ilusão). Quase a mesma coisa do subtítulo brasileiro? Bom, se olharmos bem… ainda não. Assassinato sem morte continua estranho. Continuo até dizendo que parece poético, mas um poético muito estranho. O real é direto, nada poético. E fica parecendo contar a sinopse da mesma forma de nossa versão, porém, ainda acho que é mais chamativo, mais interessante. Não tão sinopse assim. E, diga-se de passagem, o original tem um subtítulo perfeito. Por que trocar perfeição com estranheza?

478) Soup for One (Sopa para Um) – 1982. BRASIL: A Garota dos Meus Sonhos.  Uma expressão americana? Acho que não porque seria a mesma coisa que dizer “jantar para um”, sendo esse “um” uma única pessoa ou o convite para uma pessoa? Eu sei que o original parece estranho, mas olhando bem nem tanto. Acho esse original… “original”, criativo, diferente, interessante. Nossa escolha pareceu boa, mas eu gosto quando há inteligência usada no título. Bem inovador. Daí você acha que elogiei a escolha brasileira por dizer ser boa. Não! Eu não gosto quando o original é bom ou interessante e os tradutores modificam. Neste caso, o bom passa a ser ruim para mim.

479) Teresa’s Tattoo (Teresa da Tatuagem) – 1993. BRASIL: Uma Garota em Apuros. O título real pode-se desconsiderar a tradução ao pé da letra. Creio que se refira a um título de um lugar de venda, tipo, um CNPJ. E assim como o item anterior, esse até parece bom, porém, torna-se plágio, cópia, clichê. Aquelas manias de “uma garota alguma coisa”; “algo em apuros”. Isso me dá nos nervos.

480) The Bad News Bears (Os Novos Ursos Maus) – 1976. BRASIL: Garotos em Ponto de Bala. Não sei se a tradução correta é a que está nos parênteses, mas… Garotos em Ponto de Bala? Os tradutores consideram isso um excelente título??? E tem mais… há certas expressões que não se devem ser registradas em textos formais porque são ignoradas na mesma hora em que se passa pelas normas da ABNT. Isso vale para títulos também, pois, convenhamos… existem expressões que nem todo mundo conhece. Será que todo mundo vai saber o que significa “em ponto de bala”? E o pior é que tal expressão pode ser levada para vários sentidos, e quando se trata de garotos, a imaginação fértil leva até à sacanagem. E pra finalizar este caso, como algo tão inerte como bala tem um ponto a se chegar??? Se estiver se referindo a um revólver, nada muda, pois o projétil é inerte, o que lhe dá movimento é uma sucessão de coisas, que no final do processo, retorna à inércia.