sábado, 6 de dezembro de 2014

FILMES 396 a 405 (3 na Lista dos 59 Piores).

396) Outbreak (Surto) – 1995. Sinopse: equipe de cientistas tenta descobrir o antídoto do vírus que pode devastar os EUA em questão de poucos dias. Com uma história que lembra muito a ameaça do vírus Ebola, este filme de Ação, com momentos de tensão que chega às raias do terror (o vírus dissolve o tecido orgânico), é uma produção cara e de sucesso razoável – Precisava que eu citasse a sinopse??? Com uma palavra como “surto” com certeza não! Bastava simplesmente eu dizer que o título fala mesmo o que é a história. Mas por que resolvi pôr a sinopse? Para reforçar a ideia do título no BRASIL: Epidemia. Aí você deve estar se perguntando: “Ué? O título não se encaixou perfeitamente? Surto e epidemia… tudo a ver”. É! Realmente tudo a ver, o problema é que batizaram um filme erroneamente há 14 anos (o 395) e os tradutores, que deveriam ser expert em termos de filmes, parece que (e espero que tenham se enganado mesmo) não sabiam que já houve um filme com o mesmo título. Não é nada agradável filmes com mesmo título. Podem até ser considerados como propagandas enganosas. Eles deveriam ter posto a tradução ao pé da letra, que ficava perfeito também. Mas como “surto” pode se referir a um ataque de fúria, esquizofrenia ou coisa parecida, era só ter intitulado como “Surto Epidêmico”. Voilá! Porém, se não fosse o título errado de 1981 logo acima, acho que não teria título mais-do-que-perfeito do que “Epidemia”, que foi o que realmente ficou, mas como já haviam batizado antes, há 14 anos, infelizmente, e infelizmente mesmo… Epidemia para esse filme ficou errado. Por conta de um erro lá atrás, um acerto agora se tornou um erro. E eu vivo dizendo por aqui… isso é no que dá modificar um título, pois no futuro, o castigo vem a passos de tartaruga e a pegadinha faz desses nossos “queridos” e “inteligentes” tradutores… perfeitos TROUXAS! E friso para encerrar… por mais que haja outros sentidos para surto, não é tão difícil assim pensarmos em epidemia. Sinônimo ou não deveriam ter traduzido literalmente, até porque, “epidemia” é uma palavra muito fácil de surgir em um filme a qualquer momento (ano).

397) Erinnerungen na Die Zukunft (Memórias do Futuro) – 1969. Sinopse: com pesquisas in loco, documentos antigos, depoimentos e pura especulação, tenta demonstrar a tese de que a Terra foi visitada por seres de outros planetas, muitos anos atrás. Documentário. BRASIL: Eram os Deuses Astronautas? Até que é um interessante título, mas não seria um pouquinho exagerado??? Já ouvi falar desse filme. Jamais imaginava o título verdadeiro e que não tinha nada a ver em citar a palavra ‘deuses’, a não ser que tenham dito durante o documentário. Outra coisa: astronauta… o que te faz pensar? Alguém da Terra, não de fora. Com certeza não vem logo a sua cabeça que astronauta se refira à fora, à alienígena, daí, você se confunde entre ‘deuses’ e ‘homens’. Agora ficou a dúvida: o título original do filme também era o mesmo no filme ou essa versão brasileira foi retirada do filme? Eu prefiro dar crédito ao título real do filme.

398) Hostage (Refém) – 1992. Sinopse: agente do governo britânico é enviado à Argentina para RESGATAR analista de defesa militar. BRASIL O Erro Fatal. Fiz até questão de pôr a palavra ‘resgatar’ em maiúsculo para deixar claro o ÓBVIO que está no título original. Ignorar um título desses que já chama a atenção para assistir? Refém está perfeito! Para mim, “erro fatal” foi a escolha deste título brasileiro.

399) Zelda (Zelda) – 1993. Sinopse: jovem casa com escritor de sucesso e amarga dias de loucura com as farras dele. O escritor em questão é o famoso F. Scott Fitzgerald (o Grande Gatsby), que balançou o coreto das sociedades nova-iorquina e parisiense nos anos 20. O roteiro não polpa polêmica e mostra a conturbada trajetória de Zelda Fitzgerald, que, por culpa do marido – dedicado mais às escritas do que a ela – foi levada do deslumbramento à esquizofrenia. É uma história triste e amarga, contada com requintada produção da época. BRASIL: O Escândalo do Século. É o seguinte… dessa vez acho que o vacilo do título foi nos EUA, até porque, há uma famosa personagem dos jogos de vídeo game chamada Zelda. Mesmo que poucas pessoas conheçam a personagem, ainda assim, não é recomendável utilizar um nome nada comum em título, sendo que já exista esse nome em algo bem famoso e de “marca registrada”. Parece, que nossos tradutores brasileiros enxergaram isso melhor do que os próprios americanos. O Escândalo do Século poderia até soar mais inteligente… poderia… mas também vacilaram na escolha. Lembro-me até de um famoso filme de Stephen King e que foi o que mais gostei: A Tempestade do Século. Pode até ter tido outras tempestades piores durante o século, mas ao se ver o filme, há muito mais do que uma mera tempestade, logo, realmente foi “a do século”. O mesmo caso vale para O Escândalo do Século. Deixa a entender que foi o maior escândalo em cem anos, quando com certeza houve outros. A pergunta que faço é: “Vocês acham que, mesmo lendo a sinopse, foi um super escândalo?” Ninguém nem conhecia esse casal Fitzgerald. O escândalo foi somente naquela região onde o fato aconteceu. Arrisco até em dizer que nem no próprio país americano, muita gente sequer conhece essa história. Sendo assim, os tradutores quase saíram como “super heróis” neste caso, mas acabaram pisando na bola ao tachar isso como um acontecimento que foi o maior escândalo dentro do prazo de cem anos. Se os tradutores (que não dão uma a dentro) tivessem pensado só um pouquinho mais… só um pouquinho mais… teriam dado um tremendo xeque-mate e envergonhado os próprios produtores do filme, batizando como: Zelda Fitzgerald – Uma História de Escândalos. Bingo! 67ª Fuga de Nomes Próprios.

400) Blame it on the Bellboy (A Culpa é do Mensageiro do Hotel) – 1991. Sinopse: três senhores que não se conhecem hospedam-se no mesmo hotel em Veneza, provocando confusão pela semelhança dos nomes: Orton, Lawton e Horton. Divertida comédia à moda antiga, envolvendo um coquetel de mafiosos, assassinos, adúlteros e gananciosos. BRASIL: Escândalos no Hotel. Resumindo… um título que se encaixa perfeitamente com a bagunça que vai se tornar a história, até porque, realmente a culpa das confusões será do mensageiro. Um título que combina bem com Comédia, que é exatamente o gênero em questão. Quanto ao título brasileiro, pode lembrar também Comédia, mas sinceramente, mais parece Drama baseados em histórias reais, típicos daqueles filmes que abalaram a sociedade de algum lugar, portanto, DETESTEI essa suposta adaptação nossa. Para evitar enganar no gênero, poderiam ter posto: Confusões no Hotel, porém, como não sou nada fá de apontar gêneros, gosto de novidades nos títulos sem fugir da ideia, logo, o título real estava perfeito. Não vi sentido em mudar. E se estavam achando grande ou explicativo demais, que retirasse “do Hotel”.

401) Fiesta (Arrasta-pé) – 1995. Sinopse: nos anos 30 durante a Guerra Civil na Espanha, o filho de um militar é induzido pelo pai a servir sob as ordens de um estranho coronel. BRASIL: Escola de Assassinos. Sinceramente não entendi a escolha do título original que mãos parece quadrilha junina, e, de início, não me agradou a escolha, não tendo nada a ver o título com a história. Mas, a escolha aqui no Brasil me agradou menos ainda. Escola de Assassinos? O filme é de Guerra, não de Terror! Além do mais, em filmes de Guerra os soldados sempre são tidos como heróis, nunca assassinos! Não existe assassino, existe dois lados defendendo sua nação. E mesmo que o título brasileiro não soasse como Terror, uma coisa posso garantir mais ainda, está longe de soar como Guerra. Esses tradutores, para variar, perderam uma excelente chance de em um raro momento fazer um título melhor que o original.

402) Soul Man (Alma de Homem) – 1986. Sinopse: como o pai milionário resolve não lhe pagar os estudos, jovem se faz passar por negro para obter bolsa na Universidade de Harvard – resumindo… o título ficou agradável com a trama, tendo um sentido poético, filosófico. O Gênero é Comédia, só que os tradutores brasileiros devem ter achado que o título original faria com que as pessoas JAMAIS soubessem que era Comédia (como se não fôssemos ler a sinopse no DVD, ver a propaganda na TV ou o trailer no cinema), portanto, exageram tanto na dose que quando fui ver este filme já me preparei para altas gargalhadas, mas como não vi que era tão comédia assim, achei o filme fraco. E tudo por quê? Porque o título brasileiro: Uma Escola Muito Louca, me fez ficar esperando uma SUPER comédia. Obrigado por me enganarem, tradutores. Por causa da genialidade de vocês eu nunca gostei desse filme porque vocês me fizeram preparar para a propaganda enganosa de vocês. Deu-me falsas expectativas. Mas o que me espanta é a “genialidade” desses “brilhantes” tradutores. Esse comentário eu fiz ao ver o Guida de DVDs. Anos depois repeti o título sem saber que já estava na lista e a enumeração era o 11.202, sendo que lá mostra duas mudanças em nosso país: Uma Escola Muito Louca / Confusões à Flor da Pele. Lá no 11202, que não é mais, comentei o seguinte: Homem Alma? Como assim? Foi traduzido correto? Seria uma expressão? Seria outro significado? Não sei, mas de uma coisa posso afirmar… não suporto, sinto muito, mas não vou suportar, acostumar-me com essas manias de apontar o gênero no título. E quando se trata de Comédia aí sim, pois será que todo filme deste gênero precisa dizer que é algo muito louco? Nota-se que essa onda de “louco” foi febre nos anos 80 e especialmente 90. Eu acho isso muito chato. Para ser comédia às vezes nem precisa indicar nada. Um título bem inteligente e criativo já atrai por si só sem precisar nos tratar como dementes dizendo que o filme é… louco. Às vezes nem é tanto assim. Já vi comédias com esses títulos no Brasil que não arranca um sorrisinho sequer de tão besta que é. E chegamos ao segundo filme na lista que tem esse clichê chato e batido de “algumacoisamuitolouca”. O primeiro foi “um assalto”, no 167.

Observem o filme abaixo, que deveria estar antes desse conforme a ordem cronológica, mas resolvi mudar a ordem desta vez para entender o filme abaixo…

403) High School High (Segundo Grau) – 1996. Vou nem citar a sinopse, pois o título brasileiro já diz o que você irá REALMENTE encontrar neste filme, diferente do anterior: Uma Escola Muito Doida. Nesse caso eu dispenso a crítica negativa à escolha no Brasil, pois até que colou muito bem não somente com o enredo, mas também com o título original, pois de certa forma fica subentendido algo relacionado a colégio. Curiosamente esse filme ocorreu exatamente 10 anos depois do anterior (o 402), mas, suponho que os tradutores pensaram logo de cara em “Uma Escola Muito Louca”, já que “louco” sempre é utilizado em Comédias. Quanto à palavra ‘doido’, foi a primeira vez que vi utilizarem. Provavelmente só utilizaram essa palavra porque viram que já existia um filme com a outra palavra comumente usada. Resumindo: eles mudam um título, daí, quando surge outro filme que deveria ser batizado de uma forma que se encaixaria bem, mas não poderão fazer, pois já gastaram tal cartucho no passado, e logo em um filme que não tinha tanto a ver assim para ter sido batizado da forma como ficou no passado (o 402). Ainda assim, isso não compromete a ideia, já que ‘doido’ e ‘louco’ praticamente é a mesma coisa. Só coloquei este filme na lista para reforçar ainda mais o erro do anterior.

Geralmente quando temos uma ideia, um pensamento, difícil mudarmos de opinião, mas às vezes é possível mudar. Anos depois desta publicação, em 03/03/2021, não é que eu mudei de opinião? Mesmo que tenham usado a palavra “doido” nem por isso perde a mesma ideia dos produtores. Eu não tinha discordado antes porque ainda não tinha visto a extensa lista de títulos brasileiros com “algumacoisamuitolouco”. Retomando agora a revisão e correção e tendo conhecimento do tanto de “algumacoisamuitolouco” que virá, agora sim eu discordo que esta escolha brasileira é boa.

404) Loot (Despojos) – 1970. Sinopse: jovem homossexual e seu amante, motorista de funerária, roubam banco e escondem o dinheiro no caixão da mãe do primeiro, que está prestes a ser enterrada. Inspetor da Scotland Yard investiga o caso – Nunca vi um título tão genial para este filme, pois ‘despojos’ se trata de restos. Não que muito dinheiro seja resto, mas eles foram esconder a grana no local menos convencional possível: um caixão com uma pessoa morta. Ironicamente o dinheiro passa a ser um despojo… e pior do que isso… está prestes a ser enterrado com a morta, o que fará com que algo valioso se torne literalmente despojo. Além do mais, quando você se apodera de dinheiro alheio, o que você pegou pode ser considerado despojo, enfim, título tudo a ver em todos os sentidos com a história. Mas no Brasil… bom… no BRASIL… Escondendo a Grana. Vemos que o filme trata realmente de uma grana sendo escondida (dããã). “Brilhante” meio de dizer que tal ato se passa em um único momento da história. O dinheiro escondido se passa em um mínimo momento em todo o filme e logo no início. Por mais que ele continue escondido em quase todo o filme, ele é escondido em um pequeno momento. O verbo ‘escondendo’ está indicando ação presente, logo, deixa a entender que o filme se concentra todo no momento de esconder a grana. E outra coisa: o título brasileiro focou na importância do dinheiro sendo escondido, não no valor que ele ganhou de antes, durante e depois de escondido. O título original se baseia na importância, no sentido que o dinheiro terá durante o filme, focando indiretamente na pessoa que se apoderou dele, portanto, trata do ladrão, a alma podre da trama. É posto um sentido literal e figurado à grana e aos protagonistas (ou antagonistas, melhor dizendo). Já o brasileiro se baseia… no ato de esconder… e só. E assim, temos nesse título brasileiro a lição do que NÃO se deve fazer quando intitular algo aqui no Brasil. Não é um dos piores títulos, mas é uma das formas mais preguiçosas de se batizar algo, diferente do original. É uma pobreza e falta de genialidade tremenda!

405) The Ernest Green Story (A História de Ernest Green) – 1993. Em 1957, jovem negro luta pelo direito de frequentar escola para brancos no Arkansas – Resumindo: título perfeito, pois dá o mesmo sentido de um monólogo, de uma história de alguém narrada em um livro. É perfeito. Mas no Brasil… bom no BRASIL… A Esperança de um Jovem. TÁ! OK! Vemos que o filme trata da esperança de um jovem (dãããã), mas vemos mais uma vez a preguiça e falta de genialidade… uma forma de como NÃO fazer na hora de batizar um filme aqui no Brasil. Com tantos filmes de Drama e com inúmeras histórias de esperanças de jovens… mas infelizmente… nossos “queridos” e “espertos” tradutores brasileiros não sacaram o perfeito título original, pois trata da história de alguém especialmente por um motivo: Preconceito. Barreira aparentemente intransponível para se chegar a uma vitória honrosa. Luta na vida para se chegar a um futuro pessoal e profissional. É claro que estou me referindo tudo isso ao título original, pois o brasileiro fala do geral da maioria dos filmes de Drama. Neste, nem a noção de preconceito e luta pela realização de um futuro pessoal e profissional fica subentendido. A modificação brasileira assassinou o forte e perfeito impacto que o original trazia. LASTIMÁVEL! 68ª Fuga.

 Segundo minha escala dos piores filmes dentre os que estão neste Blog:

O = Ordem; P = Posição; I = Item.

O

P

ITEM e FILME

MOTIVO

1

173) Cat and Mouse/Mousey; 243) The Lone Ranger; 244) The Lone Ranger and the Lost City of Gold; 263) Табор уходит в небо.

O fato de ocupar o 1º lugar não precisa de motivos.

2

47) Annie Hall; 260) Das Schreckliche Madchen.

Sem sentido.

3

11) How to Lose Friends & Alienate People; 23) Bring It On. Franquia. (Ver filmes 20, 21 e 22); 27) Wrong Turn 4; 203) Puppet Master.

Títulos totalmente confusos por terem continuações ou confusões entre outros originais e traduzidos.

4

11º

9) Revolutionary Road.

Por estragar detalhes do fim.

5

12º

241) Pale Rider; 242) The Lone Ranger; 268) Maid to Order; 269) Funny Face; 283) Two Days in the Valley; 315) Decepção, Paixão e Glória; 323) The Night Salker; 333) The Monster Squad; 370) Love Affair; 371) Disney’s The Kid.

Propaganda enganosa.

6

22º

30) Like Mike; 279) Confronto Final.

Preguiça em pensar; propaganda enganosa.

7

24º

128) Gettysburg; 154) Armadilha Selvagem; 193) King Creole.

Mudar gênero.

8

27º

144) The Hard Way; 195) The Gig; 210) Shattered; 239) Eyewitness; 311) Tango; 331) Random Hearts; 363) To Die For; 373) Duro de Prender.

Mudar gênero. Nada a ver.

9

35º

164) The Hireling; 312) Danny – The Champion of the World; 375) Ship of Adventur;.

Burrice e falta de criatividade.

10

38º

245) The Long Riders.

Palavras estranhas.

11

39º

207) Shane; 399) Zelda.

Fuga de nome + exagero.

12

41º

388) O Enigma da Pirâmide.

Fuga de nome + enganação

13

42º

405) The Ernest Green Story.

Fuga + título vago.

14

43º

205) Beautiful Girls; 230) My First Love; 255) Shame; 259) Scorpio Spring; 262) City of Industrie; 334) Des Nouvelles du Bon Dieu.

Ofensivo.

15

49º

335) The Adventures of Ned Blessing.

Ambiguidade e nada a ver.

16

50º

295) Don’t Talk to Strangers; 324) The Viking Sagas; 404) Loot.

Descartar título bom.

17

53º

303) The Nun’s Story.

Estranho. Sem graça.

18

54º

395) Bitter Harvest.

Informação errada.

19

55º

280) Contágio – Fora de Controle.

Pleonasmo desnecessário.

20

56º

7) The Ugly Duckling and Me! 250) Champions.

Desnecessário.

21

59ª

360) Rebound - The legend of Earl "the Goat" Manigault; 369) The Incredible True Adventurers of Two In Love.

Traduzir… em inglês?

 

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