sábado, 6 de setembro de 2014

FILMES 61 a 70.

61) The Good Girl (A Boa Garota) – Não conheço esse filme e andei dando uma olhada na sinopse. O filme no Brasil ficou: Por um Sentido na Vida. Não vou explicar a sinopse do filme para tentar encaixar com o título, até porque, não importa aproximar o título ao enredo do filme, mas sim, pelo menos escrever o título o mais próximo possível da tradução original. Se levar em conta que um título de um filme se trata da história do filme, então, pra quê modificar? Devo sempre lembrar aqui antes que alguém queira me corrigir… eu sei que eles adaptam alguns títulos porque o que foi estabelecido nos EUA é uma referência à cultura ou ditos ou expressões populares de lá, mesmo assim, se fosse para modificar, que pelo menos se aproximasse do título. Adaptar a expressão. Quanto ao título em questão, quando você lê "Por um Sentido na Vida", o que lhe vem à mente? Garanto que pensou o mesmo que eu: filme de drama. Chego até a exagerar… parece novela mexicana. Li a sinopse e realmente parecia Drama, mas não satisfeito com o que li, fui olhar o gênero do filme e qual a minha surpresa ao ver que se tratava de… Comédia Romântica. Confesso que A Boa Garota não ficaria um título legal, todavia, deveria pelo menos se aproximar do título original. Para que POETIZAR e DRAMATIZAR a coisa??? Por Um Sentido na Vida. Sério, pensei que fosse um senhor Drama de te fazer chorar rios de lágrimas. O maior de todos os Dramas e que você choraria copiosamente. Chorei sim… de vergonha.

62) Evil Dead (Morte Demoníaca) – Filme da década de 80 bem conhecido e que ninguém faria ideia que no Brasil é conhecido como Uma Noite Alucinante. Este filme na verdade tem uma confusão enorme, pois quando chegou em vídeo foi alterado para “A Morte do Demônio”. Isso é no que dá não conhecer inglês e traduzir errado. Além do mais, você vê o filme todo e não vê nenhum demônio sendo morto. Então, lançaram Evil Dead 2: Dead By Dawn. Daí, os “inteligentes” tradutores pensaram bem (óóó! Eles pensaram!) e viram que A Morte do Demônio 2 – Mortos ao Amanhecer, não soaria legal e ficaria bem tosco, então, adaptaram para Uma Noite Alucinante. Sendo assim, qual brasileiro faria ideia que este filme era continuação de outro? Eu mesmo gostei bastante do filme na época. Após isso, veio Evil Dead 3: Army of Darkness, mas o problema era que era o terceiro filme, coisa que nossos “excelentes” tradutores não imaginavam mais continuação. Como eles ficaram sem saber o que fazer, batizaram como Uma Noite Alucinante 3. E olha que na época eu penei atrás do 2 nas locadoras, viu! A inteligência desses tradutores é impressionante, pois fazem deste filme o 1, que na verdade é o 2, continuam ele de um outro que era título diferente, e para completar a bagunça, do 1 pulam para o 3, que na verdade esse 3 deveria ser o 2, mas que não podia ser o 2, pois o 1 era que deveria ser o 2, e quanto ao 2… recompensa de 10 milhões de dólares para quem achar Uma Noite Alucinante 2. Espero que você não tenha ficado confuso. Tive de reler duas vezes anos depois esse comentário para entender, porque até eu, autor do comentário, fiquei confuso. Só compreendi na segunda leitura.

63) Ocean’s Eleven (Os Onze de Ocean) – Acho que já devem ter imaginado que filme seria esse. Na verdade, Ocean é o nome do cara (George Clooney), e nomes não devem ser traduzidos. Ainda bem que não “traduziram” para Os Onze do Oceano, não é mesmo? O filme é classificado como Aventura, mas no Brasil soa como (e pensei até hoje – não mais – que fosse…) Suspense. BRASIL: Onze Homens e um Segredo. Mas aí, nossos “inteligentes” tradutores acabaram caindo na pegadinha de suas próprias adaptações nos títulos, pois nem imaginavam que houvesse continuação. O segundo filme ficou como Doze Homens e Outro Segredo. Pôxa meu! O filme já dá sentido de continuação (“elevando” o número) e os tradutores ainda põem o termo “outro”??? Isso soa como Pleonasmos do tipo: acabamento final (é o fim da picada!); amigo pessoal; canja de galinha (ou quem sabe de sapo); labaredas de fogo (óóó); metades iguais (é ‘memé’); repetir de novo (dá pra repetir!); todos são unânimes; enxame de abelhas (pensei que era de bois); erro de ortografia (orto = correto); bonita caligrafia (caligrafia vem do grego Kalligraphía, que significa letra bonita) etc. Não que “Doze Homens e Outro Segredo” seja redundância, porém, por se tratar de 12 como continuação, então eu classifico como pleonasmo. Voltando ao assunto, seria como se dissesse: Tubarão 2 – Outro Filme. Que piada! Uso do termo “outro” desnecessário no segundo filme de George Clooney. Mas acharam pouco o uso do termo, daí, veio o terceiro filme: Treze Homens e um Novo Segredo. QUE LOUCURA É ESSA??? Tubarão 3 – um Novo Filme??? E olha que “novo” pode até dar a entender que seja o segundo, não o terceiro filme. Se não fosse a sequência numérica, que deveria ser 1, 2 e 3 em vez de 11, 12 e 13, poderia causar confusão aqui no Brasil. Quer dizer que se surgir um quarto filme colocarão o termo “e mais um segredo”; ou então, “e mais outro segredo”; ou “mais um novo segredo”??? Esses tradutores são uma piada!

AH! Desculpem-me! Ainda falta falar de outro erro: a pegadinha da continuação. Os tradutores caíram na pegadinha da continuação não exatamente no segundo filme, mas no 3º. Realmente havia um segredo no primeiro e, para sorte dos tradutores, no segundo. Mas eles não poderiam escapar da sorte por muito tempo, não é mesmo? Veio o 3º filme que fez perder o sentido da palavra “segredo”. O filme, segundo o título original, trata dos “capangas” de Ocean, e não de um “segredo”. Sendo assim, não houve nenhum segredo no filme. Péssimo pra vocês, tradutores, ótimo para nós, críticos. Bem feito! Castigo pela teimosia de vocês.

Mas quem sabe na próxima não terá “mais um outro novo grande castigo”.

Ops! Faltou a fuga! 14ª Fuga de Nome Próprio.

64) Fear Dot Com (Medo Ponto Com) – Quando vi os dois títulos: original e brasileiro, a vontade de rir foi grande. A pegadinha americana agora fez desses “inteligentes” tradutores de os maiores trouxas da história! Pela sinopse, temos um Suspense em que há uma série de assassinatos e cujas vítimas visitaram um site chamado Medopontocom. Vejam bem! Fear (medo) Dot (ponto) Com (com). Tive que ir palavra por palavra e ainda colocar as traduções para vocês entenderem a vergonha dessas pobres almas… desses pobres coitados tradutores. O nome do link é feardotcom e não precisa por nada antes nem depois, pois o link já vai direto para a página, portanto, 1) Os tradutores não conhecem informática. Quando foram traduzir eles transformaram o Dot em literalmente um ponto (.), portanto 2) Eles não conhecem Inglês. Mas como ficou o título no Brasil? Medo.Combr. E o pior é que ao “traduzirem” eles colocaram “br” no final. PÔXA MEU!!! O filme é nos EUA, não no Brasil!!! Que bando de burro! Dá zero pra eles! Sendo assim, 3) Eles não conhecem Geografia, Português e Informática. Dá para piorar? Dá sim. Cadê o ponto (.) entre Com e br??? Sendo assim de novo, 4) eles são bem desatentos. E se eu disser que ainda há erro pior? Desde quando link se digita com uma letra maiúscula? Aí você diria que no original tem maiúsculo, todavia, o link foi adaptado para título separando as palavras, pois sabemos que link é tudo junto. Com o Brasil não, deixaram tudo junto, logo, é link sim, e em link não existe letra maiúscula. 5) Eles realmente não conhecem informática. E para encerrar, mesmo que o título do filme seja um link e mesmo que se trate de título de filme, exatamente pelo fato de ser o título baseado totalmente em um link, pela primeira vez e essa seria a única regra quebrada no português em que não deveria começar com letra maiúscula… e para comprovar totalmente essa teoria, nunca tive dúvidas… 6) os tradutores não conhecem português.

65) The Transporter (O Transportador) – O foco do filme era na pessoa que conduzia a carga, não a carga, como deixou a entender no Brasil: Carga Explosiva. A velha mania de pôr uma “palavra explosiva” para indicar que o filme é de Ação.

66) The Dead Zone (A Zona Morta) – O título brasileiro ia quase acertando… quase… colocaram uma palavra a mais que deixou o filme mais estranho do que Carrie. E foi: A Hora da Zona Morta. De onde tiraram esse “Hora”??? E tem mais! O tempo da história é prolongado por anos e momentos e não tem nada com hora. Para que isso??? Era para dar uma de A Hora do Pesadelo ou Espanto? Se era, até nisso a história passa longe, pois se trata de alterar o tempo. Um título perfeito estragado por um acréscimo sem sentido e pobre… e cópia. (O resto adiante eu acrescentei porque estava repetido bem lá na frente, no 10996. Só vim perceber que já tinho posto este título agora que resolvi atualizar o Blog)… E vejam com um simples acréscimo de palavra pode mudar a opinião até mesmo de um adolescente… eu, na época. Este filme repetia muito no Cinema em Casa e nas sessões noturnas do SBT. Antes eu tinha uma visão de que o SBT copiava tudo da Globo, daí, até os filmes eu pensava assim, quando não tinha nada a ver, já que os filmes são americanos. Eu achava que A Hora do Pesadelo era uma cópia mal barata de Sexta-Feira 13 e por isso eu nem me interessava em assistir filmes que pareciam ser cópias dos da Globo (quando não tinha nada a ver com as emissoras). Eu cheguei até a fazer uma novela em quadrinhos parodiando os canais de TV. A “gibela” era uma paródia de A Indomada, que na minha versão ficou A Indopada. Meu interesse em tal HQ era simplesmente para fazer somente uma crítica nos últimos quadrinhos, um único quadrinho, para ser mais exato. Voltando ao filme, eu achava que as cópias dos filmes do SBT estavam tão paranoicas que chegaram a copiar até um filme da casa: A Hora do Pesadelo, que eu também achava que era cópia de A Hora do Espanto que passava na Globo. E no final das contas não tinha nada a ver. E agora, 06/02/2020, data desta publicação, descubro que sequer o “A Hora” existia. Pra variar, cópias, isso sim, dos próprios tradutores que costumam inventar palavras de sucesso, que na década de 80 esse “A Hora” era mania, febre. E no final das contas, digam-me vocês, o que “A Hora” combina com “Zona Morta”. Até mesmo no passado eu não via sentido, independente do pensamento errôneo que eu tinha na época, nesse título estranho chamado A Hora… da Zona Morta??? What?

67) Lethal Weapon (Arma Mortífera) – OK! Vou logo direto ao assunto, pois já devem ter percebido que se trata de Máquina Mortífera. De onde os tradutores tiraram esse “Máquina”? Do carro deles? De algo tecnológico? De um eletrodoméstico? O filme mostra claramente a arma como objeto mais usado até na capa do filme. Será que quiseram embarcar na onda do homem-máquina-policial chamado Exterminador ou até mesmo de Robocop? Vocês podem até discordar e dizer que o título brasileiro é legal. Claro! Além de três filmes da franquia você já se acostumou com o que escolheram no Brasil… só tente me convencer que máquina e arma são sinônimas, “tá”? Tente me convencer.

 

 GUIA DE DVD 2001

 

A partir de agora os filmes são do Guia de DVD e VÍDEO 2001, abandonando a pesquisa que fiz nas páginas de outros críticos na internet. Este foi um dos motivos para eu criar um Blog, o Guia. Ter um livro de quase mil páginas com filmes era uma boa quantidade para criar algo a respeito de títulos que sempre me chamou a atenção. Estarei postando em ordem alfabética segundo os títulos aqui no Brasil e que se encontra no Guia, e só porei aqueles que mais me chamaram a atenção, não todos os títulos, óbvio. Mesmo que o título soe estranho vai depender de uma série de fatores, pois o que julgo não é somente o título diferente, mas se ele soa como sinônimo, ou que realmente não fique viável o original ou que tenha alguma aproximação com o original. Destes, descartarei tal filme desta lista. Mesmo sendo diferente no Brasil, até isso irei ignorar dependendo dos fatores a não considerar. Para a ordem alfabética no Guia, os artigos no começo dos filmes são desconsiderados. À frente dos títulos porei o ano de produção. Esse Guia se estenderá até o título 3.319, quando se encerra o livro. Após isso começarei do zero, ou seja, desde o primeiro ano do filme: 1913, desconsiderando os que já pus, claro. Comecei, não quero mais parar. Foi dada a largada.

68) Green Mile (Milha verde) – 1999. Quem faria ideia que o filme se trata de À Espera de Um Milagre? Confesso que o título brasileiro soou mais interessante, mas a questão aqui é a tradução. O título original ficaria sem sentido. Na verdade, o título se refere ao chão do corredor da prisão, que tem cor-de-lima. Seria como se dissesse “corredor da morte”, se referindo a um corredor de prisão que leva à cadeira elétrica. É nisso que se refere tal expressão, por isso que pra nós ficaria estranho o original, mas para os americanos não (só uma breve explicação: eu não sabia disso. Pesquisei na Net. Não quero roubar o conhecimento dos outros pra dizer que sou inteligente. Eu nem fazia ideia disso). Como sempre costumo pregar: tem que se aproximar do título do original, mas que entendamos. Essa mudança brasileira tem a ver com a trama? Tem. Mas o título original tem mais a ver por se tratar de uma referência. Então… o que fazer? É só pôr algo parecido. Sugestão? E por que não Corredor da Morte? E se observar bem, você vê todo o filme e a trama não se trata de alguém à espera de um milagre, mesmo tendo um prisioneiro com poderes de curar enfermos. O filme foca um prisioneiro curandeiro, porém, a história se desenvolve com vários personagens. Ninguém esperava nada. As coisas simplesmente começaram a acontecer. Você irá discordar porque além de se acostumar com o título, acha que faz todo sentido a escolha, mas para mim não tanto. Quanto ao título real, teve explicação, claro, ou vocês, tradutores, acham que o título original fala de farinha, sendo que o filme narra sobre cimento??? “O que é que farinha tem a ver com cimento” não está para “o que milha verde tem a ver com o filme”. Farinha não tem a ver, mas milha verde para o filme tem sim.

69) A Civil Action (Uma Ação Civil) – 1998. BRASIL: A Qualquer Preço. Só porque se trata de filme com advogado ganancioso e com Justiça, colocam uma expressão que pode ser usada em termos de julgamento? Olha que A Qualquer Preço pode levar para vários sentidos.

70) Squeeze (Aperto) – 1977. BRASIL: Abominável Extorsão. Abominável foi o título que desgraçaram aqui no Brasil. Trata de um detetive em crise, ou seja, tudo a ver com aperto, nada a ver com... deixa pra lá. Mas aí você alega: “E Aperto tem a ver com título?”. Bom, se para você não tiver, então adapte próximo a isso, só não mude para algo tão estranho.

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