quarta-feira, 17 de setembro de 2014

FILMES 91 a 100.

91) Oh, God! (Oh, Deus!) – 1977. BRASIL: Alguém Lá Em Cima Gosta de Mim. Você lê esses dois títulos e agora pensa: “AAh! Desta vez Edailtom elogia a versão brasileira e mete o pau na versão original. Que título real horrível! Pode significar qualquer coisa. Mas qualquer coisa mesmo, inclusive em alguns gemidos usando o nome de Deus em vão e… deixa pra lá”. Vai só pensando mesmo. Sabe de nada, inocente. Está na cara que o título não tem nada a ver com o original, entretanto, ao mesmo tempo, tem a ver. No Brasil foi dito a mesma coisa de forma diferente… uma frase pequena e outra grande por outras palavras. Mas vocês já sabem que gosto de seguir à risca ou o mais próximo possível do original. Eu até poderia ter deixado tal título em paz e não comentar aqui, mas ao ler a sinopse, não pensei duas vezes. Sinopse: Deus resolve aparecer na Terra e escolhe pacato gerente de supermercado como seu mensageiro na missão de convencer as pessoas de que tudo dá certo quando há boa vontade e confiança no Todo-Poderoso – Veja bem o título brasileiro. Nele fica claramente entendido que Deus se importa com o personagem e veio lhe ajudar em alguma dificuldade não subentendida no título. Algum drama pessoal suave ou quem sabe até uma comédia familiar. Mas se você assiste ao filme ou lê a sinopse, fica subentendido que na verdade Deus veio à Terra porque se importa com AS PESSOAS, NÃO com o personagem principal. Deus veio ajudar AQUELES que estão passando por dificuldades e que confiam Nele… no Senhor… não ajudar uma só pessoa. Aliás, a tal pessoa é quem será usada por Ele para ajudar as outras. Estão percebendo o grande vacilo dos dois títulos a respeito do real foco de importância no enredo? Não foi somente o real não. O brasileiro meteu os pés pelas mãos de igual modo. Por isso que digo a respeito desses tradutores brasileiros: OH, DEUS!

92) Just the Way You Are (Apenas o Jeito Que Você É) – 1984. Sinopse: Flautista talentosa, jovem e bonita disfarça a perna deficiente e, numa estação francesa de esqui, conhece seu grande amor – Pelo título você percebe que tem tudo a ver com a história, e torna-se até bem interessante, ou seja, não se apaixonou pela suposta aparência que ela escondia, mas o rapaz se apaixonou pelo jeito que ela é, ou seja, um bom filme que vai contra o preconceito. Infelizmente o título brasileiro não deixou isso claro, preferiram a preguiça do raciocínio para burro e dizer logo que o filme se trata de um Romance. Vejam a tradução “tudo a ver” com o título original: Alguém Para Amar. E bom é que exatamente 10 anos depois os EUA fizeram um filme intitulado: Somebody To Love. Moral da história? Outro filme com o mesmo título cuja tradução correta deveria ser exatamente Alguém Para Amar… e ficou assim mesmo no Brasil. Quanta confusão! Dois filmes com mesmo título! Isso é no que dá mudar títulos quando corre o risco futuro de sair um filme americano com o título que já batizaram em outro filme aqui no Brasil. Daí, por causa disso, os brasileiros têm de mudar para não ficar dois títulos iguais. Se bem que às vezes nem isso eles mudam, como podemos perceber neste aqui. De todos os filmes que já citei, aqui está o PERFEITO EXEMPLO do que venho falando por aqui há muito tempo: a mudança e uso errado quando um dia podem fazer exatamente este título no próprio EUA. E com um título desses e a respeito desses “inteligentes” tradutores... considero alguém para odiar também.

93) The Saint of Fort Washington (O Santo de Forte Washington) – 1993. A amizade de dois sem-teto de Nova Iorque lutando pela vida e sonhando com um futuro melhor. Drama sensível sobre os excluídos do sistema que perambula pelas grandes cidades. O título denota algo como milagre e esperança e a história foca sobre mostrar como é a verdadeira sociedade, MAS… INFELIZMENTE… é óbvio que os tradutores brasileiros mudariam o sentido de tudo: Alguém Para Dividir os Sonhos. Com um título desses, mudou o gênero de Drama com fatos sociais para Romance típico de filmes como aqueles que você espera, do tipo: Doce Novembro, Outono em Nova Iorque, Letra e Música, Um Lugar Chamado Nothing Hill, Um amor para Recordar… filmes com Richard Gere, Julia Roberts, Nicholas Cage, Meg Ryan, Tom Hanks, Sandra Bullock… mas sabem o que foi pior? Alguém Para Dividir os Sonhos??? Esses tradutores leram mesmo a sinopse??? Dois SEM-TETO lutando pela vida. Isso se trata de pessoas dividindo sonhos? Sonhos??? Olha a situação em que se encontram! E não se iluda pela sinopse porque sinopse brasileira é feita para servir de álibi ao título. Duvidam? Pois vejam a sinopse em inglês ao qual vou trazer traduzido: “Matthew é um jovem de bom coração, mas sofre de tendências esquizofrênicas esporádicas. Ele acaba sem ter onde morar depois que um senhorio destrói seu cortiço. Matthew é forçado a residir em Fort Washington Armory, um abrigo próximo. Intimidado por punks, ele pede ajuda a um veterano militar sem-teto, Jerry, para ajudá-lo a sobreviver. Juntos, eles formam uma amizade que muda as vidas de ambos para sempre”. E aí? Ainda têm dúvida sobre o que os tradutores fazem? Até a sinopse é elaborada para casar com a escolha dos tradutores. Viram alguma semelhança entre as sinopses? NE-NHU-MA! Até nisso os caras modificam a intenção real do filme! E mesmo que no filme tenha duas pessoas sem esperança buscando um sonho, ainda assim não me convence. O título real pode sem ser graça, mas mais enganador do que essa adaptação brasileira? Torna-se até deprimente, porque leva a crer que as duas pessoas continuam na mesma m… pindaíba e só vivem de sonhos. Não vão à luta como a sinopse de verdade deixa claro. Enfim… EU ODEIO ESSES TRADUTORES!!! 

94) Dream For Insamniac (Sonhar Para um Insone) – 1998. BRASIL: Alma de Poeta, Olhos de Sinatra. Que escolha brasileira boa!, mas… vai lendo…

Para tentar entender o que se passou na mente desses tradutores, vamos à sinopse: jovem que aspira ser atriz apaixona-se por rapaz com pendores literários que trabalha no café do tio dela. A presença de Frank Sinatra no título brasileiro é uma menção ao apego da depressiva e jovem Frankie (Skye) às canções que ela ouve com o falecido cantor. Seria um interessante jogo de palavras no título, mas estamos falando de TÍTULO ORIGINAL, sendo assim, O QUE TEM A VER COM A HISTÓRIA??? Só porque há a presença CITADA a respeito do cantor??? O título brasileiro focou literariamente em Sinatra, mas na verdade, o foco do filme é na LITERATURA GERAL!!! Sinatra é somente citado! QUE RAIVA DESSES TRADUTORES!!!

95) Little Caesar (Pequeno Caesar) – 1930. Sinopse: Ascensão e queda de um gângster durante as guerras entre quadrilhas norte-americanas nos anos 20. BRASIL: Alma no Lodo. QUE TÍTULO TOSCO!!! Poderia até ser poético, mas sinceramente mesmo? QUE TOSCO!!! Alma no lodo??? Depois dessa não quero falar mais nada! 20ª Fuga de Nome Próprio.

96) Heavenly Creatures (Criaturas Celestiais) – 1994. Baseado em história real, filme que mostra a amizade obsessiva entre duas amigas adolescentes “e se revoltam com a interferência dos pais, preocupados com este relacionamento doentio. As duas decidem formar um pacto para eliminar quem tentar separá-las”. Outra sinopse diz:  Durante dois anos elas não se separam por motivo nenhum, até que Juliet fica doente e é internada. Pauline é acusada de homossexualidade e os pais proíbem a amizade. Então, as meninas planejam fugir, mas não conseguem. Pauline, então, toma uma drástica decisão. O título ficou legal no Brasil: Almas Gêmeas, pena que dou preferência ao original, que provavelmente tem um título irônico e que por isso ficou bem interessante, como “criaturas angelicais”, no sentido do ‘Celestiais’. Entretanto, apesar do tom, queiram ou não o original ainda leva a outros sentidos e acaba nem agradando tanto. Acho que os tradutores teriam acertado. Teriam… pois almas gêmeas para mim da mesma forma tem outro sentido que essa coisa de obsessão não se encaixa bem. E não sei como no Brasil não ficou Amizade Obsessiva, já que nossos tradutores têm a mania de pôr qualquer coisa sobre obsessão no título e que, ao meu ver, que sempre sou contra o clichê-obsessão, até que neste caso eu toleraria, porém, tem como fazer melhor, e sabe como? Conforme ficou em Portugal: Amizade Sem Limites, sem necessariamente coligar à obsessão. Pois é, pareceu boa nossa adaptação, todavia, nem tanto.

97) Bird On a Wire (Pássaro em um Fio) – 1990. Um filme cheio de aventura que também combinaria com o título brasileiro: Alta Tensão. Desta vez o título real quem ficou estranho. Alguma expressão? Provavelmente.

98) Moonshine Highway (Rodovia Lunar) – 1996. Trama policial com corrupção que se passa quase todo o filme à noite em meio a muita escuridão em estradas pelas montanhas do Tennessee, ambientado no ano de 1950. Pode parecer ser na lua, mas até que título tudo a ver, pois o filme segue a trilha noturna, mas no BRASIL… Alto Risco. Pareceu bom? Pareceu, entretanto… quer dizer que só porque o filme tem riscos, será intitulado Alto Risco? Muitos filmes têm riscos. Achei isso muito natural. O real ficou bem mais interessante.

99) Jacob’s Ladder (Escada de Jacob) – 1990. Sinopse: Após a morte de um de seus filhos, filósofo se alista voluntariamente para combater no Vietnã; de volta, torna-se carteiro e tem alucinações com a guerra, demônios e o filho morto. BRASIL: Alucinações do Passado. TÁ! Gostei do título brasileiro, apesar de tão distante do original. Bastante a ver com a história. Eu não assisti, portanto, não sei o porquê de Jacob’s Ladder. Deve ter algo poético ou alguma expressão americana. Mas como sou “adepto” do título original, teria pensado num título que unisse essas duas “pontes”, mas sem se distanciar muito do original. Não vou contar como Fuga de Nome Próprio porque isso é no sentido figurado.

100) Downhill Racer (O Piloto das descidas) – 1969. Sinopse: interiorano egoísta chega ao time olímpico norte-americano de esqui. O título brasileiro não seria também ruim: Os Amantes do Perigo, mas com um título desses dá pra imaginar de tudo. Além do mais, o filme foca UM interiorano ou ALGUMAS pessoas? O original vai de encontro ao esporte em questão, apesar de soar um pouco fraco também. Acho que ambos têm acertos e erros.

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