sábado, 8 de novembro de 2014

FILMES 276 a 300 (Há 4 na Lista dos 37 Piores).

276) Breaking In (Arrombando) – 1989. BRASIL: Como Ser um Bom Ladrão. Como é que é??? Isso é uma brilhante forma de intitular um filme??? Parabéns, tradutores! Obrigado por me ensinar a roubar com bondade! “É só um título de filme! Deixa de ser chato!”. E eu com isso? Pra que essa mudança tão drástica e nada educativa? E lembrem-se de que se fosse no título real eu ficaria calado, pois o que está em jogo aqui é o quê? As estranhas TRADUÇÕES aqui no Brasil. Não questiono o original. Posso até abrir exceções, mas meu Blog se baseia em nossas versões.

277) Les Gens de La rizieri (Povo do Arroz) – 1994. BRASIL: Condenados à Esperança. Como??? Condenado à esperança??? E qual o inverso disso? Livre para a Condenação??? Pra falar a verdade, me questiono qual desses dois títulos é mais estranho em termos de moral, se esse 277 ou o anterior, 276. Mas vamos ver a Sinopse: Nos campos de refugiados cambojanos, quando as crianças são perguntadas de onde vem o arroz, elas respondem: "de caminhões da ONU". Eles nunca viram um campo de arroz. Um dia, essas crianças terão que aprender a viver no Camboja, ou seja, terão que aprender a cultivar, a arar, a trabalhar a terra. O povo do arroz tenta compartilhar esse modo de vida, demonstrar o frágil equilíbrio em que se encontra e a liberdade que representa. – Só trouxe a sinopse para tentar explicar esse estranho título real que até faz sentido. Estranho não, fraco. Já a escolha brasileira, não sei por que, mas sinto um pouco de preconceito. Como se o Camboja fosse um lugar “desesperançoso” (essa palavra não existe. Por isso está entre aspas), como se fosse um… lugar nenhum.

278) Confessions of a Serial Killer (Confissões de um Assassino em série) – 1989. BRASIL: Confissões de um Assassino. Aí você se pergunta o que há de errado. Bem simples… ser assassino quase sempre levará a induzir a somente UM assassinato. Já assassino em série mata várias pessoas e sempre as vítimas têm ligação com o assassino e seguindo uma ordem criteriosa nas vítimas, seja referente à vida dele, seja referente a alguma coisa, mesmo sem ter a ver com ele. Não precisava nem traduzir a palavra, poderia manter em inglês mesmo, pois todos sabem o que significa “serial killer”. Que belo desperdício de título que esses tradutores fizeram, pois um serial killer chama muito mais a atenção que um mero assassino. E geralmente, todo filme com SK leva o telespectador e tentar decifrar o porquê dos assassinatos em série e, dependendo do filme, caso não mostre quem é, para decifrar quem é o serial.

279) Confronto Final. Assim que vi esse título brasileiro no Guia de Filmes, a primeira coisa que veio à mente foi… vou nem dizer o gênero, vou dizer o ator, que já induz o gênero: filme de Van Damme. Mas acreditem, de Ação este filme está longe… mas tão longe que equivale à distância entre Patos e Plutão. Primeiramente vou dizer o título original, que também não vou negar que é estranho: Blue River (Rio Azul) – 1995. Não sei o que significaria esse “rio azul”, só assistindo para saber, mas eu JURAVA que era filme de Van Damme. Aí você lê a sinopse e já percebe de que se trata: andarilho bate à porta do irmão mais novo, depois de ficar afastado de casa por 15 anos. Apreensivo com a inesperada chegada, ele relembra o passado e decide reavaliar os motivos que causaram a separação. Resumindo… o filme é Drama. Tudo a ver com Confronto Final, não é mesmo? Precisa dizer que o classifico entre os piores?

280) Contagious (Contagioso) – 1997. BRASIL: Contágio – Fora de Controle. O QUE É QUE FOI ISSO?!! Contagioso já venderia muito bem, mas para que esse complemento??? É alguma piada??? A inteligência desses tradutores foi para o espaço??? Se eles não me avisam, eu jamais saberia que “contagioso” estaria “fora de controle”. E eu que pensava que epidemia e controle andavam juntos!!! Mais um daqueles títulos que se repete o que já foi dito, ou então que o complemento diz o contrário da ideia. PARABÉNS, TRADUTORES! Este pleonasmo com certeza fica entre os piores.

281) The Beautician and the Beast (A Esteticista e a Fera) – 1997. Sinopse: professora de cosmética nova-iorquina é contratada, por engano, para ser a tutora dos filhos de um ditador soviético, e causa uma revolução com sua natural irreverência. Adaptação moderna e bem humorada de A Bela e a Fera – BRASIL: Um Conto Quase de Fadas. Tradutores brasileiros e suas velhas manias de intitular “AlgumaCoisaQuase”. Achei brilhante o trocadilho do título inglês. Não ficaria mal mesmo mantendo a tradução correta. Mas sabia que até para fazer jogo de palavras com um título brasileiro teria como? Já que a função da esteticista é cuidar da beleza… era tão difícil batizar como A Beleza e a Fera??? “Inteligentes” tradutores… a inteligência rara de vocês merece ficar entre os piores da lista. Infelizmente a adaptação brasileira foi abrangente. O original foi direto ao ponto, ou melhor, conto, e foi nesse ponto que os tradutores pecaram. Perder um bom trocadilho? Mancada. Obs.: existe mesmo essa vírgula entre “soviético” e “e” na sinopse do Guia de DVD?

282) Quills (Penas (no sentido de condenações)) – 2000. BRASIL: Contos Proibidos do Marquês de Sade. Apesar de totalmente diferente, não achei tão ruim a adaptação brasileira. Mas o problema é que leva a interpretar que esses contos proibidos sejam algo mais sensual para a época, quando na verdade se trata de política e de liberdade de expressão. Mas pode-se interpretar pelo sentido de condenação também. Não vou negar, gostei de nossa versão, mas como sempre voto pela tradução real aproximada ou adaptada para o título original, tenho um palpite: Contos do Prisioneiro de Sade ou então com o acréscimo da palavra “marquês”. E voltamos com uma Fuga Inversa, que é quando os tradutores que normalmente fogem de nomes próprios, às vezes fazem o inverso. 9ª Fuga Inversa e 51ª no geral.

283) Two Days in the Valley (Dois dias no Vale) – 1996. Sinopse: a sinopse é grande, mas me interessei em assistir ao filme. A patinadora olímpica Becky, tem motivos de sobra para desejar ver-se livre do ex-marido vagabundo, a quem foi obrigada judicialmente a dar pensão alimentícia. Quando ele é encontrado morto na casa dela, ela naturalmente é a principal suspeita. Aparentemente, Becky estava no local do crime, mas foi drogada e não se lembra de nada. Dois matadores de aluguel, Lee e Dosmo, têm tudo a ver com esta morte. E Lee não estava disposto a dividir o dinheiro nem com o colega, em quem atira, pondo fogo no carro onde o deixou. Mas acontece que Dosmo não morreu. Maduro e experiente, usava um colete à prova de balas e conseguiu escapulir quando Lee saiu do carro. Agora, Dosmo busca refúgio numa mansão, onde fez reféns o dono da casa e sua maltratada secretária. Neste dia muito peculiar no cotidiano de San Fernando, Los Angeles, muita gente ainda vai entrar nessa história, como um fracassado diretor de cinema que procurava o suicídio, a irmã enfermeira do dono sequestrado da mansão e a namorada do matador Lee – BRASIL: Contrato de Risco. Não me agradou muito esse título brasileiro, pois de certa forma não houve nenhum contrato, que nos induz a pensar não em um acordo entre palavras, mas em contrato assinado por meio de papelada. Já o título original é bem mais interessante, pois tudo isso e um pouco mais ocorre em exatamente dois dias. E sabe o que mais incomoda nessas adaptações de títulos, que SEMPRE e SEMPRE praticamente todas as palavras na adaptação não estão no título original, portanto, existe grande risco de surgir nos EUA um filme intitulado: Risk Contract. E aí? Quando surgir o filme com tal título inglês, como ficará no Brasil? Provavelmente um título tão interessante, os tradutores brasileiros terão que descartar por já existir no Brasil um Contrato de Risco. E sabe que pode piorar? Já há no Brasil outro filme com o mesmo título: Contrato de Risco, que em inglês era Escape Cause (Escapar da Causa; Causa de Fuga – ou coisa parecida. Estará no 12450). Dá para piorar??? AH! Dá sim! Onde fica a inteligência desses tradutores, pois este outro Contrato de Risco foi feito no mesmo ano: 1996. Portanto, por todos esses motivos eu classifico este filme entre os piores.

Obs.: igual ao 281, tem uma vírgula errada na sinopse do Guia de DVD. É uma das primeiras aulas que aprendemos: JAMAIS se separa sujeito de verbo. Pois a sinopse começa exatamente com esse erro.

Obs. 2: Não tenho certeza se esse Valley seja nome de lugar já que existe lugar com esse nome para que assim eu possa colocar como fuga, contudo, se eu não estiver enganado, nome de lugar é precedido por “at”, que é para lugar, não “in the”, que é para substantivo comum (preposição + artigo). Pela dúvida, vou deixar sem fuga.

284)  The Party (O Partido) – 1968. BRASIL: Um Convidado Bem Trapalhão. Clichê para apontar gênero. Saco!

285) The Bachelor (O Bacheral) – 1989. BRASIL: Corações Covardes.

286) Pie in the Sky (Torta no Céu) – 1995. BRASIL: Corações em Trânsito. O original é bem estranho, na verdade.

287) Torn Between Two Lovers (Dividida Entre Dois Amores) – 1979. BRASIL: Corações em Lágrimas. Esse dá para comentar. O título original já contou bem como será a história – mulher dividida entre marido ou amante. Já o título adaptado pelos nossos “queridos” tradutores brasileiros… uma tragédia horrível e incomparável irá acontecer com alguém. OH! Que lástima! Que tragédia! Que sofrimento! Comoção mundial! Obrigado, tradutores brasileiros, por me fazer pensar que virá um Drama descomunal! -_-

288) Choose Me (Escolha-me) – 1984. BRASIL: Corações Solitários. A prova de que os tradutores modificam títulos que podem surgir no original. Os títulos 8768, 10344 e 11833 têm esse título. E todos os três são diferentes nos Brasil.

289) Eat the Peach (Coma o Pêssego) – 1986. BRASIL: Coragem e Esperança Renovada. Qual dos dois é pior??? O primeiro pra vocês? Pois pra mim o segundo também não tem cara de título para filme. Aliás, nem título.

290) Unbeakable (Inquebrável) – 2000. BRASIL: Corpo Fechado.

291) Vertigo (Vertigo) – 1958. BRASIL: Um Corpo que Cai. Pode ficar pior? Veja como ficou em Portugal: A Mulher que Viveu Duas Vezes.

292) The Naked Gun: From the Files of Police Squad (A Arma Nua: dos Arquivos do Esquadrão de Polícia) – 1988. BRASIL: Corra que a Polícia Vem Aí. Título real estranho, mas tem sentido para lá porque é no sentido de algo puro, aberto. Para nós esse real é que é estranho, e devo concordar que os nossos tradutores marcaram um golaço na escolha.

293) Persons Unknown (Pessoas Desconhecidas) – 1995. BRASIL: Correndo Alto Risco.

294) Breaking Away (Rompendo) – 1979. BRASIL: Correndo pela Vitória. No site você também encontra O Vencedor. Esse “rompendo” deve ser no sentido de romper a fita de chegada, mas claro que mais uma vez prefiro nossa escolha. Falou de um sinônimo muito bem adaptado.

295) Don’t Talk to Strangers (Não fale com Estranhos) – 1994. BRASIL: Correndo Perigo. Esse filme não precisa nem de sinopse, pois o título é mais chamativo que a sinopse. Óbvio que estou falando do original, pois me diga você mesmo: o que mais chama a atenção? O original ou a tradução brasileira adaptada??? O original fui muito atrativo. Nossa versão simplesmente generalizou… e só. Não é por ser pior, mas vai para a lista pela mancada de terem descartado um título tão perfeito a troco de nada.

296) Chains of Gold (Correntes de Ouro) – 1989. Policial. BRASIL: Correntes Alucinantes. Correntes alucinantes??? Como isso é possível??? Para um filme policial correntes de ouro cai bem, mas como vieram imaginar Correntes Alucinantes??? Acho que os tradutores é quem ficaram alucinados ao adaptarem o título. Será que fumaram uma na hora da escolha???

297) Jawbreaker (Britador de Pedras) – 1999. BRASIL: Um Crime Entre Amigas. Não precisa de sinopse, o título brasileiro já disse tudo. Aliás, o crime foi sem querer, começando por uma brincadeira. Numa das raras vezes, estou parabenizando os tradutores brasileiros, e  digo, estranho na verdade foi o original. Deve ter algum sentido, alguma expressão dos americanos. Ainda assim… crime se faz quando se quer. No caso delas foi um acidente na verdade. Erraram na escolha da palavra. Não foi crime. É uma informação errada no título só para chamar a atenção do público. É bom para chamar o cinéfilo? Pode ser, porém, tiro pela culatra, pois também engana e pode irritar pela expectativa que se cria e não se vê.

298) Loved (Amado) – 1996. BRASIL: Crime Passional. No 12160 tivemos um Criminal Passion. Pois é. Eu sempre digo aqui que não é bom alterar tanto o título, pois tendo no real deixam os tradutores em um beco sem saída. Ou repete o título ou muda para não ficar dois filmes com títulos iguais.

290) A Row of Crows (Uma Fila de Corvos) – 1990. BRASIL: Um Crime Quase Perfeito. Já teve outro título brasileiro igual a esse no 11881. O original parece sem graça, mas até que faz sentido sim. Só nos parece estranho, mas não é tanto assim. Gosto de novidades em títulos.

300) Aftermath: A Test of Love (Resultado: Um Teste de Amor) – 1991. BRASIL: Crime sem Piedade.

Segundo minha escala dos piores filmes dentre os que estão neste Blog:

O = Ordem; P = Posição; I = Item.

O

P

ITEM e FILME

MOTIVO

1

173) Cat and Mouse/Mousey; 243) The Lone Ranger; 244) The Lone Ranger and the Lost City of Gold; 263) Табор уходит в небо;.

O fato de ocupar o 1º lugar não precisa de motivos.

2

47) Annie Hall; 260) Das Schreckliche Madchen.

Sem sentido.

3

11) How to Lose Friends & Alienate People; 23) Bring It On. Franquia. (Ver filmes 20, 21 e 22); 27) Wrong Turn 4; 203) Puppet Master;

Títulos totalmente confusos por terem continuações ou confusões entre outros originais e traduzidos.

4

11º

9) Revolutionary Road.

Por estragar detalhes do fim.

5

12º

241) Pale Rider; 242) The Lone Ranger; 268) Maid to Order; 269) Funny Face; 283) Two Days in the Valley;.

Propaganda enganosa.

5

17º

30) Like Mike; 279) Confronto Final;.

Preguiça em pensar; propaganda enganosa.

6

19º

128) Gettysburg; 154) Armadilha Selvagem; 193) King Creole.

Mudar gênero.

7

22º

144) The Hard Way; 195) The Gig; 210) Shattered; 239) Eyewitness;.

Mudar gênero. Nada a ver.

8

26º

164) The Hireling.

Burrice e falta de criatividade.

12

27º

245) The Long Riders.

Palavras estranhas.

9

28º

207) Shane;

Fuga de nome + exagero.

10

29º

205) Beautiful Girls; 230) My First Love; 255) Shame; 259) Scorpio Spring; 262) City of Industrie;.

Ofensivo.

20

34º

295) Don’t Talk to Strangers.

Descartar título bom.

18

35º

280) Contágio – Fora de Controle.

Pleonasmo desnecessário.

11

37º

7) The Ugly Duckling and Me! 250) Champions;

Desnecessário.

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