sábado, 27 de setembro de 2014

FILMES 116 a 125.

116) Mrs. Winterbourne (Srta. Winterbourne) – 1996. Sinopse: Garota é expulsa de casa pelo namorado quando fica grávida. Depois de um acidente de trem, ela é confundida com uma milionária que também esperava um bebê e morreu no desastre – Só porque fatos acontecessem em um acidente, precisava deixar o título: Amor Por Acidente? O título original traz exatamente uma trama que se desenrola com a Mrs. Winterbourne, que ao meu ver, não estraga a pergunta do “Quem é Mrs. Winterbourne?”. 22ª Fuga de Nomes Próprios.

117) The Mating Habits of the Earthbound (Os Hábitos de Acasalamento do Humano de Earthbound). Não sei se Earthbound é o lugar, mas como Earth é Terra e Bound é Salto, talvez seja traduzido mesmo como extraterrestre, podendo ficar: Os Hábitos de Acasalamento de um Extraterrestre. Comédia de 1999. Que fique claro aqui que o fato de eu intitular “estranhas traduções”, não quer dizer que estou discordando sempre do que os tradutores fazem. Costumo ser “devoto” do título original, CONTANTO, caso modifique bastante o título, que também tenha o mesmo valor de um sinônimo. Chegamos a esse momento. BRASIL: Amor Segundo um Extraterrestre. Perceberam que o título foi diferente, mas não deixa de dizer a mesma coisa… de ser um sinônimo do título original? Sendo assim, APROVO essa ADAPTAÇÃO de título, pois não foge do original. Como eu disse no filme anterior, agora digo o contrário aqui: gostei da adaptação na tradução, pois não comprometeu o título original.

118) Falling in Love (Apaixonando-se) – 1984. Apesar de criticar bastante esses tradutores, não implica dizer que vou estar sempre em desacordo com o título no Brasil. Como sempre costumo dizer, sou contra títulos brasileiros nada a ver com o título original, independente se tenha a ver com a história, entretanto, se o título estiver bem próximo ou mesma que seja sinônimo do original, eu considero válido. Logo acima postei filmes próximos a isso e aqui vai se repetir o caso. Veja a sinopse: Encontrando-se diariamente num trem do subúrbio, arquiteto e artista gráfica acabam se envolvendo num romance, embora sejam casados. BRASIL: Amor à Primeira Vista, ou seja, dá no mesmo, portanto, considero válido.

119) Crossing Delancey (Cruzando Pela Delancey) – 1988. Sinopse: Isabelle, trabalha numa livraria de Nova York e leva a vida entre escritores, intelectuais, boêmios, amantes ocasionais e amizades duradouras. Mas Bubbie, sua avó judia, resolve bancar a casamenteira e transformar o último vendedor de picles da cidade no futuro marido da neta – É costume nos títulos de filmes americanos pôr nome de ruas, ou seja, Delancey é uma rua de NY. Até duas famosas séries são batizadas assim, Barrados no Baile (Beverly Hills 90210) e seu spin off Melrose (Melrose Place). Inclusive já comentei sobre títulos de séries artigos atrás. Resumindo a história comparado ao título, dos homens que passam pela rua e entram na livraria, um deles será preparado pela avó para se juntar à neta. Se os tradutores achariam estranho o título original, pelos menos, e como sempre, pusessem algo próximo ao título original. Aliás, com uma sinopse bem contada e bem propagada na TV brasileira ou nos cinemas, convenceria bem às pessoas para assistirem. Você pode até questionar que o real não fica bom para a gente, como sempre costumo dizer, é questão de costume. Se ficasse o título real você nem perceberia estranheza e já se agradaria e até acharia sentido. Não que eu esteja dizendo que é estranho ao citar estranheza, estou me referindo a vocês. Poderia… poderia fazer sentido o título brasileiro: Amor à Segunda Vista, mas dá a entender que Isabelle quem foi tendo entrosamento com o cliente e assim começou o romance, mas não, foi a avó quem preparou. Os sentidos desses títulos sempre mudam a trama, não tem jeito. Aliás… Amor à Segunda Vista??? Não me agradou. Sugestão minha: Buscando Amor em Delancey (apesar de não gostar de inserir as palavras “amor” e “busca”; Amores Cruzados em Delancey (mais uma vez a palavra “amores” não me agrada), enfim, se até eu pus sugestões, eles poderiam ter feito melhor do que… Amor à Segunda Vista??? E como temos nome de rua, que é Nome Próprio, 23ª Fuga.

120) True Romance (Romance Verdadeiro) – 1993. Sinopse: jovem apaixona-se por prostituta, mata seu cafetão e foge com ela de posse de grande carregamento de heroína – Esse filme só podia ser de quem? O primeiro roteiro de Quentin Tarantino. É uma bem-humorada e sanguinolenta brincadeira com os clichês do cinema. Até que no Brasil não ficou ruim a adaptação do título, mas como costumo dizer, tal adaptação tem que ser segundo o título original, e não segundo a história. (se bem que todo título real tem a ver com a trama, lógico). Filme de Aventura com paixonites que terá tiroteios, daí, batizam de Amor à Queima-Roupa??? Combina bem com os gêneros do filme: Policial, Drama, Ação, Suspense e Romance, porém, o título real, que tem a cara de “nossos” títulos por apontar os gêneros no próprio título, e eu até acharia uma escolha fraca, como bem diz a sinopse é uma sátira aos clichês de cinema, portanto, o original caiu como luva para o filme e no final das contas ficou bom. Eu transformaria o Verdadeiro em Real para ter boa consonância com Romance.

121) Golden Gate (Apesar de haver tradução para isso, na verdade, Golden Gate trata-se da ponte de São Francisco, Estados Unidos, portanto, NÃO HÁ TRADUÇÃO) – 1993. Sinopse: Nos anos 50, advogado acusa comerciante oriental inocente, que após anos de prisão se suicida. Com remorsos, o americano se aproxima da filha órfã. Drama. BRASIL: Um Amor Assassino. Pense em um título NADA A VER em todos os sentidos. O título tem o nome da ponte porque ela é famosa por ter inúmeros suicídios. O título brasileiro se imagina um filme de Ação, Policial ou Suspense (APS), mas Drama??? Chega nem perto. O original é perfeito para Drama. Outra coisa IRRITANTE: O filme se trata de um suicídio, e o advogado com remorsos, tenta fazer algo pela filha do falecido. Fica até óbvio o romance, apesar de ser Drama, mas no Brasil fizeram “COMPLETOTALMENTE” o inverso. 1º) Ninguém matou ninguém para haver um assassino. 2º) Não houve assassinato, mas sim, suicídio (será que tem de ter aula para esse povo aprender palavras?). 3º) O filme se baseou em suicídio e remorso com pitada de romance, não em crime, pois não houve NENHUM! Moral da história: se você for assistir um filme desse interpretando a história por causa do título… terá uma DECEPÇÃO HORRÍVEL, pois quem gosta do gênero APS vai esperar ver aquilo que curte, daí, se irrita porque é um drama. Cadê a Ação?! Cadê a merda do Suspense?!! Cadê a droga do Policial?!!! AAHHH! E nem me venham querer dá um sermão pelas palavras de baixo calão, pois fui enganado ao querer ver esse filme e descobrir que fui feito de toupeira. Já que temos o nome da ponte, que é Próprio, 24ª Fuga.

122) Black Magic (Magia Negra) – 1991. QUE MERDA FOI ESSA?!! Você vê um título desse e deduz o ÓBVIO: filme de HORROR, talvez somente Suspense. Olha a merda do título brasileiro: Amor de Bruxa. O que voe pensa em um título assim? Filme romântico ou pior que isso. Tem como deduzir pior? TEM SIM! Filme TEEN ROMÂNTICO meio que no estilo Crepúsculo, sendo mais romântico do que tendo alguma pitada de horror. Pior do pior ainda, filme típico daquelas séries adolescentes de canais da Disney. E aí? Vão querer me dar um sermão dessa vez pela palavra de baixo calão ou vai concordar comigo??? Melhor dizer mais nada!

123) Second Chorus (Segundo Coro) – 1940. OUTRA MERDA!!! Se deduz o ÓBVIO: filme de Musical. É filme puramente para MÚSICOS, ORQUESTRAS!!! No Brasil CAGARAM como: Amor de Minha Vida. O que você imagina??? ROMANCE DE NOVO! Pode crer, não tem NADA A VER, pois eu li a sinopse e não vou nem dizer aqui como é, pois o título original já resumiu bem de que se trata. Ah, e mais uma coisa: não vou pedir desculpas pelo palavreado, pois vocês não fazem ideia como esse tipo de coisa irrita quem gosta de ser adepto ao título… ou vão me dizer que também não se incomodaram com a forma como ficou o filme no Brasil??? EU DETESTO ESSES TRADUTORES!!!

124) Dessa vez vou citar primeiro o título brasileiro para que vocês entendam minha indignação: Amor de Verão. O que você pensa? Filme romântico; filme teen; filme de aventura entre adolescentes com Romance e Comédia. Correto? Pode parar por aí! Não tem NADA A VER! Vou mostrar a sinopse logo para que vocês vejam como tem “tudo a ver”: delicada crônica familiar cobrindo as transformações vividas num período de 7 anos por um casal em crise e seus filhos, que também enfrentam dificuldades em seus relacionamentos amorosos – Depois de ler isso o que você deduz a respeito do gênero? Isso mesmo… é Drama dos brabos. O título brasileiro foi quase igual ao original, o que poderia me fazer ignorar esse comentário, ENTRETANTO, o problema é o gênero e o teor da história. Mudou totalmente o sentido da história, do gênero e mesmo estando próximo, ao mesmo tempo ficou distante do título original. Qual é o filme? La Eté Prochain (O Próximo Verão) – 1985. Não é um romancezinho barato de recordação! E um, como já disse, Drama dos brabos.

125) West Side Story (História do Oeste) – 1986. Resumindo a sinopse, trata-se de uma espécie de Romeu e Julieta narrada em um filme de gênero Musical. No Brasil é mais conhecido como o famoso Amor, Sublime Amor. O real fica parecendo Faroeste, mas nem por isso se distancia de qualquer gênero, como principalmente Romance ou Drama. Nossa escolha brasileira? Um senhor Romance dramático. Estou me sentindo um em um dramalhão de novela mexicana.

 

sábado, 20 de setembro de 2014

FILMES 101 a 115.

101) A Severed Head (Uma Cabeça Decepada) – 1971. BRASIL: Amantes Infiéis. Ao ler a sinopse gostei do título brasileiro que tem muito a ver… mas está longe do original. Ao observar o título original, fazendo a tradução real, comecei a rir, pois é uma forma bem divertida de se fazer um resumo para a história. Tá na cara que é filme de Comédia. Para entender o que estou falando vejam a sinopse: casal de classe média aventura-se em relações extraconjugais. Comédia dramática sobre sexo e infidelidade. Portanto, o título original foi muito criativo e até que não ficou tão ruim ao conhecermos a sinopse. Mas para não ficar tão longe do título americano, poderiam ter feito algo melhor no brasileiro, mesmo sendo ‘Amantes Infiéis’ que é bem agradável. Quem sabe até: Cabeça a Prêmio; ou então, Cabeças Vão Rolar. O interessante é que há um Pleonasmo na tradução, pois o verbo decepar só se usa para a cabeça. Qualquer outra parte do corpo é mutilar ou amputar (braço ou perna), sendo assim, cabeça decepada não soa legal, pois se quando se decepa, obviamente estamos falando de cabeça. Mas já observei que nos EUA redundância é a coisa mais natural que existe.

102) Pan (Pan) – 1995. Sinopse: ex-tenente do exército norueguês escreve suas memórias da época em que conquistava todas as mulheres, atraindo para si a ira e a vingança de pais preocupados e maridos traídos. Pan não é uma palavra do dicionário norueguês. Provavelmente pode significar o nome de alguém, de uma interjeição ou tem algum efeito simbólico. Nenhum personagem tinha esse nome. Mas isso não vem ao caso. No Brasil o título ficou um tanto estranho. Pode até parecer poético (neblina = pensamento, lembrança), mas não deixa de ser estranho. BRASIL: Amantes na Neblina. Pode funcionar como título de capítulo de um livro, mas filme???  Poético ou não, mas… na neblina??? Não agradou não.

103) The Country Girl (A Garota do País – ou – O país da Garota… ou seja lá o que for) – 1954. BRASIL: Amar é Sofrer. Não, tradutores, sofrer É ver vocês colocarem o verbo em minúsculo. Preparem-se, pois verão muito o “é” do título sendo minúsculo. Isso é VERBO, não artigo. Em títulos somente artigo e algumas preposições ficam minúsculas. Porém, não é um erro do título do filme, pois lembrando que nas capas dos DVDs e até mesmo nas propagandas, os títulos ficam maiúsculos. Este erro veremos muito tanto no Guia de DVD quando no site em que começarei a pegar os filmes quando acabar o Guia. Vou até começar a contar os “é” agora que estou atualizando. Este será o 1º. Sinopse: cantor decadente e alcoólatra tenta voltar à cena com ajuda de diretor da Broadway. Típica história de valores humanos, esperança, recuperação moral e profissional, bem aos moldes lacrimosos da época – Só assistindo mesmo ao filme para entender esses dois títulos, pois na sinopse não deixa a entender que há um caso amoroso. Apesar dos pesares, além da distância enorme de títulos, já que ambos são vagos, prefiro ir pelo original, nem que seja com um título próximo a ele. O original é estranho? Nossa escolha melhor? Não acho. Discordo da ideia da mudança brasileira, independente da trama. Se fosse no original eu ficaria calado, pois o que está em questão é a mudança aqui, daí, para que mudar assim tão dramático?

104) Leave Her To Heaven (Deixá-la Para o Céu) – 1945. Pelo título parece Drama, mas é Policial. Deve ser um daqueles filmes com títulos poéticos. Observe a sinopse: Bela mulher obcecada pelo marido tenta afastar todas as pessoas que possam despertar a atenção dele. Filme perverso e bastante avançado para a sua época, desprezado pela crítica, considerada hoje como um bom filme. – Talvez esse “céu” seja irônico. Já que se refere a algo “poético”, poderiam ter melhorado o título no Brasil, mas como sempre costumo dizer, sem se distanciar do original. Pois é, no Brasil ficou: Amar Foi Minha Ruína. Sério mesmo, esse sim tem cara de Drama, talvez Suspense, mas principalmente, já li muitos livros de Faroeste, e esse título ficou com muita cara de Faroeste. Pra falar a verdade não gostei de nenhum dos dois títulos, mas essa do Brasil, apesar de parecer próximo à história, levou a vários sentidos de gêneros. Alguém lendo isso pode dizer: “1945! O Brasil tinha uma seleta escolha para títulos”. Não convence. Até o filme já era avançado para a época. Títulos típicos da época: dramatizar demais. Até parece coisa de E O Vento Levou.

105) Playing For Time (Tocando por um tempo) – 1980. Sinopse: Duas mulheres formam conjunto de cordas no campo de concentração de Auschwitz e, graças à qualidade de sua música, são poupadas das câmaras de gás durante muito tempo pelos nazistas – De certa forma ela tocavam por um tempo, enquanto os nazistas a mantiveram em cativeiro, ou seja, o título tem tudo a ver com a história, mas o título brasileiro ficou bem diferente: Amarga Sintonia de Auschwitz. O título traduzido ao pé da letra não ficaria ruim e daria sentido à história, sendo que o brasileiro ficou longe do original, mas muito bem criativo referente à história. Interessante é que manteve o nome do campo de concentração. A tradução está errada, mas não devo negar que o título não ficou tão longe assim do original e ainda por cima incluiu Auschwitz. Título diferente… mas gostei.

106) The Glass Menagerie (O Copo Menagerie) – 1987. Sinopse: No final dos anos 30, quatro pessoas vivem seus conflitos dentro de um apartamento miserável. É a terceira versão da primeira peça escrita pelo dramaturgo Tennessee Williams, mas nessa versão, o diretor Paul Newman procurou ser fiel ao texto original. Rsrs… pelo menos o diretor foi fiel em algo ao texto original. Mas no Brasil, fidelidade a filmes não existe. BRASIL: Á Margem da Vida. Só porque retrata a vida de quatro pessoas em um apartamento miserável tem que ter um título desses? Considero até preconceituoso, já que no título original não demonstra preconceito. Não sei o que significaria “O Copo Menagerie”, mas considerando a famosa expressão: “Como você vê um copo pela metade? Quase cheio ou quase vazio?” e levando em consideração que quatro pessoas vivem em um apartamento miserável, cujo pensamento do quarteto era otimista ou pessimista, então, provavelmente o título original se referia a otimismo e/ou pessimismo e concordo que é um título sem graça e não importa se no sentido de pessimismo, porém, muito longe do sentido do título brasileiro: marginalizados, que leva a preconceito pela situação. Detesto esses tradutores.

107) Deliverance (Libertação) – 1972. BRASIL: Amargo Pesadelo. Precisa dizer mais nada, não é? Nem sabia que libertação era considerada pesadelo. O título original demonstra saída de um Drama. Nossos queridos tradutores entraram no Drama.

108) Coming Home (Vindo Para Casa) – 1978. Sinopse: Mulher de oficial ajuda a cuidar de feridos num hospital e apaixona-se por ex-soldado paraplégico – Retrato comovente e realista dos efeitos da Guerra do Vietnã sobre os combatentes que VOLTARAM PARA CASA, em outras palavras e obviamente, COMING HOME. Pena que no Brasil ficou: Amargo Regresso. Só porque o filme é drama precisava dramatizar tanto assim no título??? Por acaso foi amargo esse regresso? Deprimente.

109) Jailbreakers (não existe tradução, mas separados são: jail = prisão; breakers = britadores) – 1994. Sinopse: Nos anos 50, jovem recém-chegada à pequena cidade apaixona-se por motoqueiro que acabara de fugir da prisão – De certa forma há um jogo de palavras no título comparado à trama, mas no Brasil... Ambição Assassina. Bem se vê que além de traduzir estranhamente, eles nem sequer sabem interpretar. A jovem SE APAIXONOU, ela não tencionava ambição com alguém perigoso. Paixão não manda no coração nem na mente. EU ODEIO ESSES TRADUTORES.

110) Dead Presidents (Presidentes Mortos) – 1995. Sinopse: Em Nova York, três amigos alistam-se na Guerra do Vietnã, mas quando voltam condecorados têm dificuldades de serem readmitidos na sociedade, partindo para o crime – BRASIL: Ambição em Alta Voltagem. Só assistindo para entender o porquê do título, mas pela sinopse, não vejo sentido em nenhum dos dois títulos, tanto americano quanto brasileiro. É óbvio que prefiro o título original, mas não nego que é fraco. Fico a imaginar o porquê de usar a palavra “ambição”, além da mais estranha ainda ‘alta voltagem’. Ambição… O QUE TEM A VER???? Sinceramente… essa não entendi mesmo.

111) Honor Thy Mother (Honre Tua Mãe) – 1992. Sinopse: homem morre e esposa fica gravemente ferida após ataque em sua própria casa, recaindo suspeitas sobre os filhos. Telefilme inspirado em casos verídicos. Sendo assim, o título tem a ver com a trama e é excelente!, mas no Brasil poetizaram até demais: Ambição Sem Limite. Aliás… será que dizer que ‘ambição não tem limites’ não soa como Pleonasmo? Quem tem ambição supõe-se não ter limite para se chegar a algum lugar, uai! Cadê a importante informação do original? Transformaram em um suspense clichê.

112) One Cup of Coffee/Pastime (Uma Xícara de Café/Passatempo) – 1991. Sinopse: em 1957, veterano jogador de beisebol faz amizade com novato negro; a partir daí, são hostilizados pela equipe em que jogam – É óbvio que o título está em sentido figurado, em forma poética. Amizades que se reúnem para tomar um café, se divertir com passatempos. Nem sempre sou fã de títulos poéticos, mas se está no original, quem sou eu para reclamar? E confesso que ele soa estranho, porém, dava para adaptar um pouquinho, ajustando as peças. BRASIL: Amizade, Meu Valor Supremo. NOSSA!!! Sério… Quase endeusou a amizade. Tudo bem que ficaria estranho a tradução, mas poderia aproximar o título próximo do original, e teria até uma sugestão: Passando o Tempo Com os Amigos… ou então, Tomando Café Com os Amigos… ou quem sabe, Café, Amigos e Passatempo. Esse último ficou perfeito, entretanto, a forma como ficou no Brasil foi de um exagero de vomitar. Nem a Bíblia valoriza tanto assim amizade. Está parecendo o filme anterior.

113) What Dreams May Come (Que Sonhos Podem Vir) – 1998. Após morrer, médico vai ao paraíso onde revê seus falecidos filhos. Mas a esposa, ao suicidar-se, ruma para o inferno, deixando o marido desesperado. O filme vale mais pelo registro da dor do afeto perdido e menos pelos seus vários e filosóficos questionamentos que perdem a clareza – BRASIL: Amor Além da Vida. Seria interessante… seria, pois o título brasileiro deixa a entender que o médico faz uma busca incessante para tirar sua esposa do inferno. Torna-se um Drama Romântico e você chega a pensar que o filme tem pitadas de Ghost, Do Outro Lado da Vida. Longe disso. Nada a ver. É Drama sufocante mesmo. É um filme que se passa como se fosse num limbo, purgatório ou seja lá o que for. Por isso a palavra “sonho” no título original. E mais uma vez, como no filme anterior, os tradutores inventam e sai a merda que sai (desculpe o palavreado). Você espera uma coisa, vem outra.

114) Head Above Water (Cabeça Fora d’Água) – 1996. Sinopse: Loira deprimida recebe a visita de seu ex-namorado quando seu marido sai para pescar com seu melhor amigo. A situação se complica quando o amante morre e o marido retorna. Juntos, tentam ocultar o cadáver. Versão americana de filme europeu. Por ser uma cópia extremamente fiel do exemplar europeu, as lições de moral passam longe. Eletrizante mistura de Suspense com humor negro, conta apenas com três (ótimos) atores e única locação paradisíaca – O título original tem a ver com a paisagem e o fato de tudo ter se iniciado numa pescaria, além de obviamente ter o sentido figurado do título junto à trama. Mas estamos falando de Brasil, sendo assim, a pergunta que fica é: que espécie de gênero você acharia que seria esse filme só de olhar para o título brasileiro? Amor Alucinante. Eu só pensei em duas coisas: ou romance ou aventura… ou quem sabe as duas juntas… mas uma coisa é certa, nem passou perto o que realmente é: Suspense. O caso é parecido com os dois filmes anteriores.

115) The Journey of August King (A Jornada do Rei Augusto) – 1995. O título original por si só já disse tudo e sinceramente mesmo, com um título desses o filme vende. As pessoas com certeza se interessariam em assistir. Tem tudo a ver com a trama, resumindo, dispensa comentários. O problema se trata de… tradutores brasileiros. Ainda estou tentando entender o que passou na cabeça desses tradutores pra dispensar o óbvio e poetizar o título de uma forma exagerada e longe do original. BRASIL: Amor e Liberdade. Quiseram imitar William Wallace? E ainda temos uma Fuga de Nome Próprio, que neste me irrita por se tratar de um nome e mais sendo este um rei. Péssimo! 21ª Fuga.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

FILMES 91 a 100.

91) Oh, God! (Oh, Deus!) – 1977. BRASIL: Alguém Lá Em Cima Gosta de Mim. Você lê esses dois títulos e agora pensa: “AAh! Desta vez Edailtom elogia a versão brasileira e mete o pau na versão original. Que título real horrível! Pode significar qualquer coisa. Mas qualquer coisa mesmo, inclusive em alguns gemidos usando o nome de Deus em vão e… deixa pra lá”. Vai só pensando mesmo. Sabe de nada, inocente. Está na cara que o título não tem nada a ver com o original, entretanto, ao mesmo tempo, tem a ver. No Brasil foi dito a mesma coisa de forma diferente… uma frase pequena e outra grande por outras palavras. Mas vocês já sabem que gosto de seguir à risca ou o mais próximo possível do original. Eu até poderia ter deixado tal título em paz e não comentar aqui, mas ao ler a sinopse, não pensei duas vezes. Sinopse: Deus resolve aparecer na Terra e escolhe pacato gerente de supermercado como seu mensageiro na missão de convencer as pessoas de que tudo dá certo quando há boa vontade e confiança no Todo-Poderoso – Veja bem o título brasileiro. Nele fica claramente entendido que Deus se importa com o personagem e veio lhe ajudar em alguma dificuldade não subentendida no título. Algum drama pessoal suave ou quem sabe até uma comédia familiar. Mas se você assiste ao filme ou lê a sinopse, fica subentendido que na verdade Deus veio à Terra porque se importa com AS PESSOAS, NÃO com o personagem principal. Deus veio ajudar AQUELES que estão passando por dificuldades e que confiam Nele… no Senhor… não ajudar uma só pessoa. Aliás, a tal pessoa é quem será usada por Ele para ajudar as outras. Estão percebendo o grande vacilo dos dois títulos a respeito do real foco de importância no enredo? Não foi somente o real não. O brasileiro meteu os pés pelas mãos de igual modo. Por isso que digo a respeito desses tradutores brasileiros: OH, DEUS!

92) Just the Way You Are (Apenas o Jeito Que Você É) – 1984. Sinopse: Flautista talentosa, jovem e bonita disfarça a perna deficiente e, numa estação francesa de esqui, conhece seu grande amor – Pelo título você percebe que tem tudo a ver com a história, e torna-se até bem interessante, ou seja, não se apaixonou pela suposta aparência que ela escondia, mas o rapaz se apaixonou pelo jeito que ela é, ou seja, um bom filme que vai contra o preconceito. Infelizmente o título brasileiro não deixou isso claro, preferiram a preguiça do raciocínio para burro e dizer logo que o filme se trata de um Romance. Vejam a tradução “tudo a ver” com o título original: Alguém Para Amar. E bom é que exatamente 10 anos depois os EUA fizeram um filme intitulado: Somebody To Love. Moral da história? Outro filme com o mesmo título cuja tradução correta deveria ser exatamente Alguém Para Amar… e ficou assim mesmo no Brasil. Quanta confusão! Dois filmes com mesmo título! Isso é no que dá mudar títulos quando corre o risco futuro de sair um filme americano com o título que já batizaram em outro filme aqui no Brasil. Daí, por causa disso, os brasileiros têm de mudar para não ficar dois títulos iguais. Se bem que às vezes nem isso eles mudam, como podemos perceber neste aqui. De todos os filmes que já citei, aqui está o PERFEITO EXEMPLO do que venho falando por aqui há muito tempo: a mudança e uso errado quando um dia podem fazer exatamente este título no próprio EUA. E com um título desses e a respeito desses “inteligentes” tradutores... considero alguém para odiar também.

93) The Saint of Fort Washington (O Santo de Forte Washington) – 1993. A amizade de dois sem-teto de Nova Iorque lutando pela vida e sonhando com um futuro melhor. Drama sensível sobre os excluídos do sistema que perambula pelas grandes cidades. O título denota algo como milagre e esperança e a história foca sobre mostrar como é a verdadeira sociedade, MAS… INFELIZMENTE… é óbvio que os tradutores brasileiros mudariam o sentido de tudo: Alguém Para Dividir os Sonhos. Com um título desses, mudou o gênero de Drama com fatos sociais para Romance típico de filmes como aqueles que você espera, do tipo: Doce Novembro, Outono em Nova Iorque, Letra e Música, Um Lugar Chamado Nothing Hill, Um amor para Recordar… filmes com Richard Gere, Julia Roberts, Nicholas Cage, Meg Ryan, Tom Hanks, Sandra Bullock… mas sabem o que foi pior? Alguém Para Dividir os Sonhos??? Esses tradutores leram mesmo a sinopse??? Dois SEM-TETO lutando pela vida. Isso se trata de pessoas dividindo sonhos? Sonhos??? Olha a situação em que se encontram! E não se iluda pela sinopse porque sinopse brasileira é feita para servir de álibi ao título. Duvidam? Pois vejam a sinopse em inglês ao qual vou trazer traduzido: “Matthew é um jovem de bom coração, mas sofre de tendências esquizofrênicas esporádicas. Ele acaba sem ter onde morar depois que um senhorio destrói seu cortiço. Matthew é forçado a residir em Fort Washington Armory, um abrigo próximo. Intimidado por punks, ele pede ajuda a um veterano militar sem-teto, Jerry, para ajudá-lo a sobreviver. Juntos, eles formam uma amizade que muda as vidas de ambos para sempre”. E aí? Ainda têm dúvida sobre o que os tradutores fazem? Até a sinopse é elaborada para casar com a escolha dos tradutores. Viram alguma semelhança entre as sinopses? NE-NHU-MA! Até nisso os caras modificam a intenção real do filme! E mesmo que no filme tenha duas pessoas sem esperança buscando um sonho, ainda assim não me convence. O título real pode sem ser graça, mas mais enganador do que essa adaptação brasileira? Torna-se até deprimente, porque leva a crer que as duas pessoas continuam na mesma m… pindaíba e só vivem de sonhos. Não vão à luta como a sinopse de verdade deixa claro. Enfim… EU ODEIO ESSES TRADUTORES!!! 

94) Dream For Insamniac (Sonhar Para um Insone) – 1998. BRASIL: Alma de Poeta, Olhos de Sinatra. Que escolha brasileira boa!, mas… vai lendo…

Para tentar entender o que se passou na mente desses tradutores, vamos à sinopse: jovem que aspira ser atriz apaixona-se por rapaz com pendores literários que trabalha no café do tio dela. A presença de Frank Sinatra no título brasileiro é uma menção ao apego da depressiva e jovem Frankie (Skye) às canções que ela ouve com o falecido cantor. Seria um interessante jogo de palavras no título, mas estamos falando de TÍTULO ORIGINAL, sendo assim, O QUE TEM A VER COM A HISTÓRIA??? Só porque há a presença CITADA a respeito do cantor??? O título brasileiro focou literariamente em Sinatra, mas na verdade, o foco do filme é na LITERATURA GERAL!!! Sinatra é somente citado! QUE RAIVA DESSES TRADUTORES!!!

95) Little Caesar (Pequeno Caesar) – 1930. Sinopse: Ascensão e queda de um gângster durante as guerras entre quadrilhas norte-americanas nos anos 20. BRASIL: Alma no Lodo. QUE TÍTULO TOSCO!!! Poderia até ser poético, mas sinceramente mesmo? QUE TOSCO!!! Alma no lodo??? Depois dessa não quero falar mais nada! 20ª Fuga de Nome Próprio.

96) Heavenly Creatures (Criaturas Celestiais) – 1994. Baseado em história real, filme que mostra a amizade obsessiva entre duas amigas adolescentes “e se revoltam com a interferência dos pais, preocupados com este relacionamento doentio. As duas decidem formar um pacto para eliminar quem tentar separá-las”. Outra sinopse diz:  Durante dois anos elas não se separam por motivo nenhum, até que Juliet fica doente e é internada. Pauline é acusada de homossexualidade e os pais proíbem a amizade. Então, as meninas planejam fugir, mas não conseguem. Pauline, então, toma uma drástica decisão. O título ficou legal no Brasil: Almas Gêmeas, pena que dou preferência ao original, que provavelmente tem um título irônico e que por isso ficou bem interessante, como “criaturas angelicais”, no sentido do ‘Celestiais’. Entretanto, apesar do tom, queiram ou não o original ainda leva a outros sentidos e acaba nem agradando tanto. Acho que os tradutores teriam acertado. Teriam… pois almas gêmeas para mim da mesma forma tem outro sentido que essa coisa de obsessão não se encaixa bem. E não sei como no Brasil não ficou Amizade Obsessiva, já que nossos tradutores têm a mania de pôr qualquer coisa sobre obsessão no título e que, ao meu ver, que sempre sou contra o clichê-obsessão, até que neste caso eu toleraria, porém, tem como fazer melhor, e sabe como? Conforme ficou em Portugal: Amizade Sem Limites, sem necessariamente coligar à obsessão. Pois é, pareceu boa nossa adaptação, todavia, nem tanto.

97) Bird On a Wire (Pássaro em um Fio) – 1990. Um filme cheio de aventura que também combinaria com o título brasileiro: Alta Tensão. Desta vez o título real quem ficou estranho. Alguma expressão? Provavelmente.

98) Moonshine Highway (Rodovia Lunar) – 1996. Trama policial com corrupção que se passa quase todo o filme à noite em meio a muita escuridão em estradas pelas montanhas do Tennessee, ambientado no ano de 1950. Pode parecer ser na lua, mas até que título tudo a ver, pois o filme segue a trilha noturna, mas no BRASIL… Alto Risco. Pareceu bom? Pareceu, entretanto… quer dizer que só porque o filme tem riscos, será intitulado Alto Risco? Muitos filmes têm riscos. Achei isso muito natural. O real ficou bem mais interessante.

99) Jacob’s Ladder (Escada de Jacob) – 1990. Sinopse: Após a morte de um de seus filhos, filósofo se alista voluntariamente para combater no Vietnã; de volta, torna-se carteiro e tem alucinações com a guerra, demônios e o filho morto. BRASIL: Alucinações do Passado. TÁ! Gostei do título brasileiro, apesar de tão distante do original. Bastante a ver com a história. Eu não assisti, portanto, não sei o porquê de Jacob’s Ladder. Deve ter algo poético ou alguma expressão americana. Mas como sou “adepto” do título original, teria pensado num título que unisse essas duas “pontes”, mas sem se distanciar muito do original. Não vou contar como Fuga de Nome Próprio porque isso é no sentido figurado.

100) Downhill Racer (O Piloto das descidas) – 1969. Sinopse: interiorano egoísta chega ao time olímpico norte-americano de esqui. O título brasileiro não seria também ruim: Os Amantes do Perigo, mas com um título desses dá pra imaginar de tudo. Além do mais, o filme foca UM interiorano ou ALGUMAS pessoas? O original vai de encontro ao esporte em questão, apesar de soar um pouco fraco também. Acho que ambos têm acertos e erros.