sábado, 26 de julho de 2014

FILMES 1 a 11 (3 na Lista de Piores).

        1) The Grandfather (O Padrinho). No Brasil ficou o famoso O Poderoso Chefão. Um dos motivos de eu iniciar este Blog está aqui, e conforme comentei na Introdução: a discussão com um menino de 13 anos, hoje, meu amigo Bruno Machado (ver Introdução). Há filmes que o título já fica marcante e não adianta opiniões contra o título aqui no Brasil pelo fato de já terem se acostumado. Mas garanto que se tivesse seguido o título original na época, ou seja, O Padrinho, ninguém se acostumaria com O Poderoso Chefão. É só uma questão de costume. Você até poderia dizer que o que foi intitulado aqui em nosso país é bem melhor, mas como disse, é uma questão de costume. Se voltasse no tempo e tivessem traduzido corretamente, sem nenhuma adaptação, hoje, você diria a mesma coisa com O Poderoso Chefão: “Não! Prefiro O Padrinho”. Por que será que traduziram errado? Será que pensavam que “Grand” se referia a algo acima dos outros, como um chefão, assim como “father”, que significa pai, soaria como alguém na alta hierarquia, por isso pensavam que grandfather e “poderoso chefão” seriam sinônimos? Ou será que achavam que um chefe da máfia não combinaria com padrinho, não causando então uma boa “venda” no Brasil? Um clássico filme desse não faria sucesso só por causa do título??? Lembrando que o filme é baseado exatamente em um padrinho. Não está errado. Por isso que digo, é só questão de costume porque você já se adaptou à mudança e vê total sentido nisso e não vê graça em O Padrinho. Tente se posicionar, ver pelo outro lado. Tente voltar no tempo e fazer de conta que no Brasil foi literalmente traduzido o título. Será que você não diria: “Nossa! Que título massa! O Padrinho! Aquele que protege todos os seus!”? Daí, se refizessem o filme e mudassem para O Poderoso Chefão, por mais que você achasse interessante tal título, não iria reprovar a mudança? Você pode até desaprovar O Padrinho. É exatamente o que mencionei aí: O Padrinho, o cara que protege todos os seus. Todo sentido.

        2) Ferris Bueller’s Day Off (O Dia de Folga de Ferris Bueller). No Brasil ficou: Curtindo a Vida Adoidado. Eu criei uma lista sobre Fugas de Nomes Próprios nas mudanças brasileiras e aqui está a primeira de todos do meu Blog. É porque os tradutores fogem de nomes nos títulos como diabo foge de cruz. É um pavor exagerado. Agora, falando do título… Quando opinei sobre esse filme na primeira postagem, um amigo meu, Markson dias, havia comentado que o título brasileiro ficara melhor. Assim como o comentário acima, o fato de acharmos melhor é porque havíamos gostado daquele filme e nos acostumamos com ele, por isso achamos que está melhor. Mas minha resposta é: NÃO! Não está não! Se é por causa da cultura, era só modificar um pouco o título para algo parecido com sinônimo, tipo, na época, “O Dia em que Ferris Gazeou (Matou, Fugiu, Faltou, qualquer sinônimo) Aula. Como ainda não soa bem, poderia adaptar para “Fugindo da Aula”, ou, se quiser manter o nome do personagem: Ferris Foge da Aula”, ou qualquer coisa parecida. “Curtindo...” se trata de costume, mas quando assistimos o filme percebemos que o personagem do filme, em quem o filme se baseia, é o que menos curte. São seus amigos que o faz se meter em uma fria, pois ele tenta fazer o mais certo possível. O título brasileiro o deixa como um cara impulsivo, nada a ver com o personagem. Ele não está curtindo nada. Só matou aula… a contragosto.

         Por falar em se meter em uma fria...

        3) Meet the Parents (Conheça os Pais). BRASIL: Entrando Numa Fria. Eu entendo que realmente está entrando numa fria, mas i título real é melhor, pois aponta diretamente no problema, conhecer os possíveis futuros sogros. Se Conheça os Pais não quer dizer nada, era só acrescentar Conheça os Pais Dela. O título brasileiro procurou chamar o público para indicar pelas palavras que se tratava de Comédia, que é uma coisa que os tradutores teimam em apontar nos títulos aqui no Brasil, apontar o gênero por meio de palavras-chaves (ou palavras-clichês), mas eles não esperavam contar com uma continuação:

        4) Meet the Fockers (Conheça os Fockers). BRASIL: Conheça os Fockers. Existe um suposto excelente trocadilho neste título. A começar pelo sobrenome do protagonista, Focker, está explicado o título. Por esse motivo temos a 2ª Fuga de Nomes Próprios explicado no início do item 2. Greg Focker, sua namorada e os pais dela vão passar uma semana de féria em uma ilha chamada, coincidentemente, Focker. Está mais explicado ainda. E onde entra o trocadilho? Bom, eu que acho que foi proposital. Focker indo com os futuros sogros que não se dão bem para uma ilha? Acho que foi proposital para o “fucker”. Com o perdão da palavra, eles estão “fudidos”. Enfim… como os tradutores brasileiros não esperavam uma continuação, se deram mal. Isso é no que dá modificar demais um título segundo o que eles acham melhor que combinaria no Brasil, daí, tiveram de dar um jeito no título, ficando: Entrando Numa Fria Maior Ainda. Pelo menos a palavra “ainda” deu sentido de continuidade, mas aí… eles não esperavam que se tornaria uma Trilogia e literalmente… foram os tradutores quem entraram numa fria maior ainda…

         5) Little Fockers (Pequenos Fockers (acho eu)). Isso é o que chamo de “problemão”. Para dar continuidade ao terceiro filme tiveram que aumentar o título e assim deram uma bela duma cag… mancada. Vou até por em letra maiúscula para ficar “maior ainda” … belo trocadilho: ENTRANDO NUMA FRIA MAIOR AINDA COM A FAMÍLIA. (Puf! Puf! Puf!) E todos os filmes são com a família. Vieram perceber somente no 3???

GÊNIO!

E temos a 3ª Fuga de Nomes Próprios, apesar de ser continuação de título do anterior.

        O filme abaixo matou os inteligentes tradutores, tendo o mesmo caso do de cima, pois não esperavam continuação.

        6) My Girl 2 (Não vou pôr a tradução aqui, pois até quem não conhece inglês talvez saberá como se traduz). No Brasil ficou o super famoso: Meu Primeiro Amor, parte 2. Tá parecendo a Magda do Sai de Baixo falando. Na época em que lançaram esse filme eu fiquei bem confuso. Pensei até que tinham ressuscitado o personagem de Macaulay Culkin que havia morrido no primeiro filme. Quando vi que era outro amor aí que fiquei confuso. Outro, que deveria ser o 2º era o 1º - parte… dois??? Quando na verdade o 1º era o anterior, mas o 1º agora tornou-se o 2º, que não era o 1º, mas sendo considerado o 1º e… … “tá” confuso??? Como pode isso??? Meu 2º amor ser meu 1º amor? Outra bela cag… mancada dos tradutores. Resumindo essa mancada…

TA SERTO!

        7) The Ugly Duckling and Me! (O Patinho Feio e Eu!). No Brasil intitularam por uma gíria brasileira: “Putz! A Coisa Tá Ficando Feia”. Pior do que a mudança no título é que 1º) colocaram um “meio palavrão”, pois, por mais que digamos naturalmente a expressão “putz!”, significa “putz grila” e isso é uma espécie de versão para, me perdoem alguns leitores, mas não porei a palavra completa: “P… que pariu”. Mais uma das belas cag… (de novo? Essa palavra “tá” quase saindo) mancadas dos tradutores. E o título real, pra variar, é melhor. 2º) Ignoraram o título de uma obra famosa e já é motivo para eu me incomodar deveras. 3º) A adaptação brasileira seguiu uma expressão brasileira e NÃO HÁ expressão no original, pelo contrário, o título se baseia nos personagens e no nome da obra (que foi um pecado ignorar). 4º) “Tá”? Até no português ensinam errado. Apesar de ser uma expressão, mas não deixa de ser erro. Já vi gente estudada falar "amastarde" pensando que existe. Avalie "tá". E o filme é pra criança. Obrigado, tradutores, por ensinarem português errado às crianças. Tem até gente grande que pensa que "tá" realmente é correto. E pra encerrar o assunto, eu até acho interessante mantendo a identificação do Patinho com uma espécie de monólogo: "e eu". E até combina mais com criança do que essa escolha brasileira.Vou pôr na Lista de Piores. Ele não é tão ruim assim, mas vacila muito para mim.

        8) The Sound of Music (Mais um que não precisaria de tradução, mas como nem todos sabem o que significa “sound”, então… “O Som da Música” – MÚSICA? AAAHH!!! “MÚSICA”! ERA MÚSICA A OUTRA PALAVRA TRADUZIDA! OOOOOOHH!) – Pois é! Temos um Som da Música, isso porque o filme se passa em um convento e o gênero é puramente MUSICAL quase que do começo ao fim, mas ninguém imaginaria que no Brasil esse filme se tratasse do famoso “A Noviça Rebelde”. Quanto ao Brasil… … … aiaiai… … … tenho que dizer… … … A personagem principal não lidera nenhuma rebelião no convento (e mais em um convento. Avalie), logo, não era nenhuma rebelde.

        Obs.: Revendo todo o meu Blog para corrigir erros, 08/01/2021, devo dizer aqui que isto é uma prova de o como esses títulos brasileiros nos enganam. Ano passado assisti este filme no Telecine Cult e o filme NÃO se passa em um convento. O convento é só no início do início do filme, portanto, os tradutores de títulos de filmes nos enganam sim, pois baseei meu comentário do parágrafo acima sobre o convento, que NÃO É lá! Além de estar errado, o título real está corretíssimo, pois o filme é Musical e mostra exatamente isso, que muitas coisas ruins da vida podem ser modificadas para o bem com o simples som da música.

        9) Revolutionary Road (Estrada Revolucionária). Como intitularam no Brasil? Foi Apenas Um sonho. Que “bisonhice” é essa??? E aqui acabaram cometendo um pecado mortal que comentei na Introdução. Fizeram o título segundo a história, não segundo o título original, mas o pior é que essa adaptação estraga toda a história, pois revela o final do filme.

        10) Hard Candy (Garota Difícil). BRASIL: Menina Má.com. O que está entre parênteses logo à frente eu peguei do site http://bocadoinferno.com.br/criticas/2011/10/menina-ma-com-2005/: “Além de todas as críticas, Menina Má.com ainda sofreu com o péssimo título que ganhou no Brasil. A gíria Hard Candy significa algo como docinho, para meninas, e é muito utilizado na internet por garotas menores de idade. Além de estranho, o título em português entrega um pouco o que vai acontecer na trama”. Agora a minha crítica. Tudo bem que o mundo hoje vive “antenado” nos sites e que no filme a menina conhece um jovem pelas redes sociais, mesmo assim, se no título original não há a menor pista de que tenha algo a ver com informática ou redes sociais, então, de onde veio essa ideia sem sentido do má.com? Além do mais, está errado, pois todo mundo que sabe mexer com computador sabe também que não se usa acentos, portanto, má.com??? Aliás, qual o sentido em dizer Menina Má.com??? Se levasse em conta pelo menos e somente o Menina Má, até que seria aceitável, apesar de “difícil” e “má” não ter nada a ver, mas pelo menos é melhor. Agora… Menina má.com??? Que junção de palavras sem nexo é essa??? Para não ficar mais estranho do que já está, pela primeira vez um filme deveria ser intitulado com letra minúscula e o correto deveria ser o seguinte: meninama.com, e ainda assim, ficaria estranho, pois você não reconheceria logo de cara as palavras separadas “meninama”, o que levaria a tentar entender o título, soando até como um coletivo como “meninada”. Enfim, melhor encerrar logo esse assunto, pois quanto mais tento explicar, mais sem sentido vai ficando.

        11) How to Lose Friends & Alienate People (Como Fazer Inimigos e Alienar Pessoas).  Sinopse: Um título estranho, mas na verdade não. Tem tudo a ver. Narra a derrocada de Sidney Young, de promissor jornalista inglês ao deprimente fracasso dentro da mais prestigiada revista de NY, buscando fofocas de luxo Ele se autoboicota o livro inteiro (o filme é baseado em um livro). Ele fez um monte de coisas erradas em Manhattan e tudo por razões equivocadas, além disso, seu mau comportamento e suas brincadeiras vulgares causam desastres com consequências inesperadas. Além de contar parte de sua vida, Toby Young ainda faz uma nada sutil crítica sobre o puxa-saquismo da imprensa diante de uma celebridade do momento.

        Entenderam agora o título original? ‘Intrigas’ tem tudo a ver com jornalismo e fofocas. Alienar pessoas se refere ao poder hipnótico da mídia. Resumindo, o título é PERFEITO para a história. ENTRETANTO, esta fraca comédia ganhou tonalidade de Romance conforme o título que ganhou no Brasil e na boa… e na ruim também… não tem nada a ver com o filme… simplesmente NA-DA!!! No Brasil nossos “entendidos” tradutores batizaram como Um Louco Apaixonado. Precisa dizer mais alguma coisa??? Bom, de LOUCO acho que os tradutores quem estão. Este filme eu destacarei entre os piores.

2 comentários:

  1. Apesar de não ter assistido e nem ter nascido na época do lançamento de O Poderoso Chefão, acho que o título lançado no Brasil venderia mais que O Padrinho.

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  2. É só um "achismo". A gente acha que não venderia porque nos acostumamos com o título que ficou no Brasil. Um clássico como foi esse filme provavelmente chamaria a atenção de todo jeito, pois sucesso já se faz no país de origem e isso pega. Além do mais, achamos isso porque nos acostumamos mesmo com o título brasileiro. Provavelmente se tivessem batizado como a tradução mesmo e anos depois (hoje) refizessem o filme, mudando o título para OPC, com certeza iríamos desaprovar o novo título. Trata-se somente de uma questão de costume, como falei no comentário do filme.

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