sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Títulos 4941 a 4964. Ano: 1923.

529) Safety Last! (Segurança em Último Lugar). BRASIL: O Homem Mosca. Não estranhe! A enumeração é essa mesma. Já estava na minha lista, mas resolvi acrescentar isso, e para não acrescentar lá no 529, resolvi deixar aqui. Já está na Lista de Piores. Neste caso não tem esse negócio de… mas isso era por volta da década de 1930. Poderia ser uma expressão ou algo que sirva de álibi à escolha do título brasileiro… mas NÃO! Nem isso serve de álibi. Com esse título no Brasil vai fazer você pensar em filme de Terror, Ficção, ou alguma expressão a ver com negócios, exemplo, trabalhar no balcão. Por que tirei esta última conclusão? Vou trazer a sinopse e talvez vocês entendam o que eu quis dizer, mas mesmo assim isso não salva porque é inevitável não pensarmos em sentido literal da palavra, e nem pensa na possibilidade de figurado. Vou trazer a sinopse e não comentar mais nada. Fica a cargo de vocês pensarem o que quiserem: Rapaz parte para a cidade grande e se emprega em loja de departamentos. As confusões têm início quando sua namorada vem visitá-lo e ele é forçado a fingir-se de gerente.

4941) Three Ages (Três Eras). BRASIL: A Antiga e a Moderna. Sinopse: Filme mudo. O amor de um homem por uma mulher visto em três épocas diferentes: na Idade da Pedra, na Roma Antiga e nos tempos modernos. Como não dizer no título brasileiro o que não é no original. O original mostra TRÊS épocas diferentes. O título brasileiro fala “a antiga e a moderna”, ou seja, dois tempos. Seria como se só mostrasse o passado e o presente, quando na verdade NÃO É nem uma coisa nem outra, é O AMOR DE UMA MULHER ATRAVÉS DO TEMPO. Não existem DOIS PASSADOS. Só existe O PASSADO. E quando se fala O PASSADO, não se especifica, se generaliza, o que não é na verdade a trama do filme, por especificar TRÊS ÉPOCAS DIFERENTES. Será que existia sinopse naquela época? Mesmo que não existisse, eles teriam que pelo menos conhecer o filme para saber o título, o que provavelmente eles fazem… porém…

235) A Woman of Paris: A Drama of Fate. (Uma Mulher de Paris: Um Drama do Destino). BRASIL: Casamento ou Luxo. Também já está em minha lista e para não mexer lá, acrescentei aqui. Eita, que eu nunca vou entender esses caras. Eles têm a mania de apontar o lugar quando “traduzem” para nós, e eu sempre reclamo que não faz o menor sentido apontar o lugar sendo o filme do tal lugar. Aí agora que há referência ao lugar, eles não põem. E o filme na verdade é americano. Ainda que fosse francês, se eles quiserem apontar, podem, o que não faz sentido é os tradutores apontarem. O filme é de determinado lugar, não brasileiro. E este por ser americano, tem todo direito e está corretíssimo de apontar a localidade da mulher. Mas claro que os nossos queridos e amados tradutores não apontam. Preferem apontar quando não precisa. Mas espera aí! O filme é de 2023! Suponho que no Brasil veio a passar no mínimo uns 5 anos depois. Naquela época os caras já eram previsíveis? Parece que sim, entretanto, é provável que o cinema não fosse muito visto naquela época, se é que tinha cinema por aqui. Eu diria que no mínimo foi na década de 50. Bom, independente da época, as previsibilidades dos tradutores nunca muda. Passa de geração a geração. Sim! Não esquecer! Fuga de Substantivo Próprio: 639ª.

4942) The Drums of Jeopardy (Os Tambores do Perigo). BRASIL: Os Tambores do Czar. Falem-me sinceramente, leitores, vocês sabem o que é um czar? Alguns com certeza saberão, mas nem todos. Czar é um título do império búlgaro ou russo utilizado séculos atrás por certo tempo. Mas os tradutores achavam que Czar fosse mais chamativo do que ‘perigo’. Que piada! E desta vez o fato de ser filme ainda considerado do início do século XX não salva a escolha brasileira, pois naquela época não existia internet, aliás, mal existia TV. Um forte motivo para não ser nada atrativo utilizar uma palavra que para aquela época seria mais desconhecido ainda do que para nós. Estudava-se nos colégios? Provavelmente, ainda assim, não é obrigado todo mundo saber.

4943) Bella Donna (Bella Donna): A Bela Diana. LISTADEPIORESLISTADEPIORESLISTADEPIOREEEEEEEESSS!!! KKKKKKKKKKKK Eu vivo dizendo aqui direto: NOMES PRÓPRIOS podem até ter suas versões em outros países, mas NÃO SE TRADUZEM! Daí, os tradutores, que parece que não investigam, pensaram logo que “bella” fosse “bela”, deduzindo a seguir que “Donna” fosse “Diana”. E pior! Ela também é conhecida por Ruby. Nem Diana sequer chega perto. Vergonha alheia! 1) Bela em francês se escreve BEAU. 2) Não assistiram ao filme? Em todo o momento se chama a personagem Bella Donna. Não estaria óbvio que era o nome? 3) Filmes antigos ou não, mas, se pesquisar pela net não era possível, a sinopse era, pois é uma coisa que existe desde a criação dos filmes: sinopse. 4) Bella Donna, ou Belladonna, é um nome próprio comum na França. Traduzir um nome “Bella” para um substantivo foi a gota d’água! Para mim não tem essa desculpa de início do século XX. Existe dicionário, existe sinopse e existe O FILME. Nem me venham que os tradutores batizam nome por acaso, pois eles precisam saber sobre o filme. MANKKKKKADA!

4944) Unseeing Eyes (Olhos Cegos). BRASIL: A Reconquistada.

4945) Luck (Sorte). BRASIL: Quando a Fortuna Sorri.

4946) Crown of Thorns (Coroa de Espinhos). BRASIL: A Tragédia do Golgotha. Achei interessante a escolha brasileira, quase sinônimo para a História, mas desnecessária. Quantos filmes sobre Jesus foram, são e serão feitos na história? É preciso ter criatividade para os títulos não ficarem iguais. Pensando nisso, eu não teria mudado o título original. É perfeito e nos leva logo direto à pessoa de Jesus Cristo. Já a escolha brasileira, mesmo interessante, nem todo mundo saberá o que é Golgotha. Vão pensar até que é um gárgula ou alguma referência aos “deuses” do Egito Antigo. Por mais que a escolha brasileira dê mais conhecimento ao lugar, não entendi porque modificaram a “coroa de espinho”, tão massa para uma identificação de filme de Jesus!

4947) Gimme (Me Dê). BRASIL: A Sedução do Dinheiro. Não tenho certeza se tal termo deva ser traduzido, mas não havia nenhum personagem chamado Gimme. Vou considerar como um termo comum mesmo.

4948) Maytime (Talvez). Talvez não seja essa a tradução correta. Foi o Google Tradutor quem traduziu assim. Suponho ser Tempos de Maio. Por quê? Bom, é só deduzir pelo título no BRASIL: Amores de Primavera, que é um sinônimo para a trama. Ano de 2024, ou seja, poucos anos depois que fui atualizar e corrigir erros em meu Blog, especialmente nos números, vejam que interessante: o GT já traduziu como simplesmente Maio. Então acho que eu estava certo. E mês com estação do ano e dependendo do lugar, pode ser isso mesmo.

4949) Penrod and Sam (Penrod e Sam). BRASIL: As Aventuras de Chiquinho. No filme do ano anterior a este, o 4933 poucos títulos atrás, já constava um Penrod, sendo assim, temos o segundo filme do personagem. Vejam como os tradutores dão mancada, e isso vem lá das origens. Não traduziram o 4933, logo, nem teve como fazer um “2”, até porque, ficaria estranho “homens de Amanhã 2” segundo o título brasileiro do 4933, sendo um filme de aventura. Mas será mesmo que os tradutores desconfiariam que esse era o “2” do 4933? Mas aí os tradutores transformaram o Penrod em um Chiquinho. Pode um negócio desses? E dá a entender que este seja o 1, quando não é, o que me faz mesmo pensar que os tradutores não sabiam desta informação. Mas aí eu nem acuso tanto assim, pois naquela época seria mais difícil ter acesso aos filmes anteriores. Eu posso até entender que Penrod ficaria para nós um nome esquisito, mas eles mudaram pra valer a coisa, deixando brasileiro… beeeem brasileiro. Deu vontade de pôr na Lista de Piores, mas deixei quieto só porque realmente Penrod para nós nem parece nome de gente. Eu também poderia considerar fuga, mas não fugiram exatamente do “nome do protagonista”, só mudaram, porém, para Sam não teve justificativa, fugiram sim. 640ª Fuga.

4950) Jacqueline, or Blazing Barriers (Jacqueline, ou Barreiras Flamejantes). BRASIL: Barreiras em Chamas. Entrou na lista somente por causa de fuga que tanto me incomoda e já ganhou até uma lista, que no caso temos agora 641 fugas.

4951) The Virginian (Os Virginianos). BRASIL: Como Devem Ser os Homens. Em 1999 fizeram um filme com este mesmo título original. Nos dois casos o título brasileiro foi diferente. O de 1999 ficou “O Homem do Oeste” e está lá no 527. Ambos são faroeste, mas nenhum é o mesmo filme.

4952) The Day of Faith (O dia de Fé). BRASIL: Confiança e Convicção.

4953) April Showers (Chuvas de Abril). BRASIL: Lágrimas e Sorrisos.

4954) Le Sorprese Del Divorzio (As Surpresas do Divórcio). BRASIL: Ai, que Sogra! E vejam só! Piadas com sogra não é coisa recente! Em 1923 elas já se destacavam! Agora falando o que importa, o título original fala do divórcio. O título brasileiro, além de estragar a surpresa do motivo do divórcio, não vamos mentir que pegou pesado. Talvez daí já tenha começado o preconceito contra sogras. Por mais real que possam ser os conflitos com sogra, não precisa também expor ao mundo.

4955) Garrison’s Finish (Acabamento da Guarnição). BRASIL: Lealdade Esportiva.

4956) The Unknown Purple (A Violeta Desconhecida). BRASIL: Mulher, Por Quê Me Traíste? Achei o título modificado bem original, mas tenho uma sensação de um Jesus falando e que nada combinou. Ah! Só mais uma correção, tradutores, é POR QUE SEM ACENTO. Mas agora me fica a pergunta: será que naquela época existia os quatro tipos (junto, separado; com ou sem acento)?

4957) Blinky (Antolhos). BRASIL: O Caixa d’Óculos. Como não se fazer títulos para filmes. Lição nº1: não criar títulos que não atraia o povão. Quem deu essa dica foi eu? Não. São os tradutores que pregam isso em sua defesa. Aí você vê um título brasileiro desses e isso te atrai, correto? Não precisa responder. Já imagino sua resposta. Poderia servir como álibi o ano do filme, 1923, e que no Brasil não sei quando foi liberado, mas até nisso acho pouco provável que sirva de álibi, pois não importa a linha de pensamento e comunicação da época, desde quando isso atrai? E digo mais, desde quando isso lá é título de seja lá o eu for!!! Não faz o MENOR sentido isso para um título de qualquer coisa do mundo! Quanto ao título real, também é muito esquisito, mas está mais direto do que a adaptação brasileira, mesmo muita gente, inclusive eu, não sabendo o significado. Estaria mais para o popular: viseira de burro. Apesar dos pesares, os dois títulos são esquisitos. O brasileiro mais, claro. Muuuito mais. Vou até pôr na Lista de Piores.

4958) The Ramblin’ Kid (O Garoto Errante). BRASIL: O Moço Corredor. Ok, posso até entender que na época, talvez, até porque não sei em qual ano este filme passou no Brasil, mas se é de 1923 e os filmes no Brasil antigamente passavam mais de 5 anos após sua origem, eu suspeito que não tenha sido somente 5 para uma época tão atrás, um século já, talvez tenha passado depois da década de 50, mas ainda assim eu acho que a escolha dos tradutores foi muito pobre. Garoto errante pode ser considerado um moço corredor? Fica esquisito. Eu sei muito bem que corredor é no sentido do verbo, mas lembra também compartimento de casa. Mas isso não está em questão, é essa adaptação sem graça que os tradutores fizeram. O título real era muito melhor e muito mais chamativo do que essa malfadada adaptação.

4959) Trilby (Trilby). BRASIL: O Modelo de Paris. Já são 19 ª fugas de substantivo próprio desde que começou o cinema. Destas 19, cinco são de Fugas Inversas (174 no geral). No geral conto 642 Fugas de Substantivo Próprio. É porque quando comecei a fazer o Blog, eu comecei pelo ano 2001.

4960) Good Luck (Boa Sorte). BRASIL: O Velho e o Novo Mundo ou Paixão Israelita. O título é bem legal, mas não entendi esta mudança brasileira. Fica até confusa, parecendo sem nexo. Dá a entender serem dois títulos por causa do “ou”, mas que vemos que não é porque faz parte do título completo. E ainda continuo na dúvida. Afinal, são dois títulos ou tudo faz parte dele??? Que título estranho! Confesso que deu vontade de pôr na Lista de Piores, mas nem eles sabem o que queriam, como é que eu vou saber para poder depreciar?

4961) The Covered Wagon (O Vagão Coberto). BRASIL: Os Bandeirantes. Confesso que o título original é estranho, mas é o que é o filme: Faroeste, além de Aventura e Romance. Vagões de carroças eram comuns no Velho Oeste. Já o título brasileiro tem mais cara de desbravadores ou escoteiros, ou até mesmo um filme de drama daqueles bem parados, que você adormece antes de chegar ao meio da trama.

4962) Under the Red Robe (Sob o Manto Vermelho). BRASIL: Soldado e Sacerdote. O título original é bem melhor.

4963) Cameo Kirby (Cameo Kirby) .BRASIL: Sota, Cavalo e Rei. O título original trata-se do nome do protagonista. Com este já é a 20ª fuga do século XX em que os tradutores fogem de nomes próprios nos títulos (sendo cinco destas, Fuga Inversa). Pelo geral são 643 fugas, pois lembrando, eu comecei o Blog do ano 2001.  Quanto à “sota”… sota? Que palavra é essa? Será que na década de 20 do século passado esta palavra era conhecida???

4964) Stephens Steps Out (Stephens Pisa em Falso). BRASIL: Tesouros da Mocidade. O título original deve ser alguma expressão que o Google Tradutor não soube traduzir corretamente. Soa feio o título original. Já no Brasil… bom… para encerrar o ano de 1923, 21ª fuga de nome desde que o cinema foi criado (segundo o que pego no site). No geral são 644 fugas.

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